O ciclo do Covid-19 madeirense

 

V amos lá ver se me faço entender da forma correcta, focando nos factos e não em pessoas. O ciclo do Covid-19 na Madeira é à semana, até parece um pagamento à inglesa. Então, passamos de segunda a sexta-feira que cumprimos o horário de trabalho e não resta mais tempo do que ir para casa. Só se fores um privilegiado desses, que existem, com isenção de horário ou cunha de "cima" que te permite levar a vida como queres.

A generalidade das pessoas, leva uma semana útil de ditadura, trabalha e depois nem espairecer, andar na rua para a volta higiénica ou um exercício mais apurado de corrida ou de bicicleta te permitem. Eu sei que há prevaricadores e que aproveitam para reuniões familiares mas, em vez de caçar esses, a atitude fácil é meter tudo em casa. Os meses vão passando e esta estratégia pode ser boa na semana de trabalho mas no futuro trará problemas emocionais, depressões, obesidade por sedentarismo, etc. Isto não é vida saudável. Proteger de um para "morrer" de outro não tem lógica.

Depois, chegamos ao fim de semana, já passaram os suficientes para sabermos que toda a gente vai dar as suas voltas, compras de supermercado, bricolage, roupas e calçado, tratar de assuntos, ao sábado e domingo, porque lhe é permitido e estão livres. Provoca-se um ajuntamento terrível em todo o sítio, desde a estrada até aos estabelecimentos. Toda gente tem direito a tratar dos seus assuntos, e para vazar esta quantidade em poucas horas de funcionamento o caos é total. Eu nem digo o que me apetece para não piorar a situação! Perguntemos só qual a diferença entre abrir às 5 da manhã e deixar o horário normal até às 17 ou 18h ou começar tudo como dantes e ir até às 22h. Nenhuma, só uma questão de não cortar o sono. Sabemos que algumas grandes superfícies adoptaram essa possibilidade, de abrir mais cedo, mas não funciona na semana quando a preocupação é ir trabalhar.

Isto está errado, os horários de funcionamento deveriam se manter alargados, sobretudo para bens essenciais, durante toda a semana, e isso implica dias úteis até aos fins de semana para dar oportunidade a dispersar pessoas. Isso conseguia-se com a gestão da população, coisa que nunca ninguém falou.

E para não ser tudo culpa do Governo Regional mas, ainda lhe dando alguma, porque é que tem que ir a família toda ao supermercado ou qualquer outra loja. Então não estava definido ser só o elemento de família estritamente necessário? Isto pode ser culpa da família mas também o é do GR, que enclausura as pessoas e depois querem sair na primeira oportunidade e, em abono da verdade, estão no seu direito. A gestão está errada, aperta-se na semana útil e solta-se no fim de semana, quando os horários deveriam ser alargados toda a semana, gerindo a população com uma regra e fazendo salientar os estritamente necessários. Ir à rua desentorpecer é saudável, permita-se, e quem não cumpre deve-se dar castigo exemplar com multa doer. Isto é um caos entre o governo que desgoverna e uma população que faz o que lhe apetece.

Depois admiram-se com o índice médio de transmissibilidade (Rt) seja o pior do país? O GR inverteu a lógica, temos dois dias úteis ao fim de semana e 5 de fim de semana!

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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 6 de Março de 2021 17:43
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