A s voltas e voltinhas que a secretária Susana “vai dar” não possui o valor argumentativo de contraposição necessária para salvar o seu projeto, seja com que metros forem de largura ou comprimento.
A IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) neste caso, na sua função de consultora da UNESCO, não é manobrável com “jantarzinhos”, “voltas a ilha” para “ver” as paisagens ou pelos “cantinhos” de acolhimento da Poncha da Madeira, que ajudam a “amolecer” aqueles que por cá arribam para nos auditar, fiscalizar ou julgar.
Não, Não, Não!!!
Estes não se deixam manobrar com “rabuçades e boles”
A aberração da intenção de asfaltamento ou pavimentação do Caminho das Ginjas não tem versão técnica pior, menor ou mais ou menos. A ideia de contentar o quase indigente presidente da câmara, Garcês de seu nome, desorientado de cognome, qual Jorge Jasus da comunicação e raciocínio vulgar e cavernoso, não acontecerá!
A tentativa da secretaria do governo em gerar um “spin off” eficaz para inverter o sentido da opinião pública e agora também desta “primeira abordagem” do consultor da UNESCO, é absurda e só determinada pela teimosia birrenta e infantil que caracteriza o seu caráter pessoal e de governante.
Devia sim, ser a primeira defensora da integridade da Floresta Laursisilva mas acabará para a história como a sua carrasca. A sua pedante vaidade, incompetência política e técnica são desconcertantes.
Como pode a Madeira ser “Sede” de um património natural classificado como relíquia de valor excecional para a humanidade, e quem tem a função governativa tutelar sobre o mesmo, não consegue equacionar a sua dimensão e a importância da boa gestão de valor universal e único.
Que Burra!
Que irresponsabilidade sacrificar a imagem da Madeira como terra e região agressora do ambiente e de um dos seus valores patrimoniais excecionais. Por causa de um Garcês qualquer, sacrifica todos os interesses estratégicos e integrais da imagem da Madeira no mundo.
Que absurdo!
A integridade de um valor precário e sensível como é a Floresta Laurissilva não é negociável, não é transacionável e muito menos se estabelece por vontade ou estratégia eleitoral. Se o governo, via a jumenta “ministra” do ambiente, julga possível justificações técnicas assentes em contextos de segurança, argumentos económicos e sociais, rejeitados pelos parceiros IUCN e UNESCO deve iniciar, sem demoras, o modo “gestão de danos” políticos locais e da imagem da Madeira no mundo.
A cidadania da Madeira esta consciente do dano e dos prejuízos que a sua obstinação irá causar ao futuro coletivo da Madeira.
A Madeira é um referencial da civilização, o nosso contributo para o mundo, tal qual como o conhecemos, é significativo e reconhecido, não o podemos, por meia dúzia de votos ou outro interesse comercial qualquer, destruir.
Todo esse espólio histórico não resistirá à codificação pela opinião pública e institucional mundial como região agressora do ambiente e insensível a sua conservação e sustentação.
Se julga que aqueles “argumentes” que apresentou no seu último passeio às Ginjas tem algum valor, perante a avaliação independente e competente da IUCN, desengane-se. Nenhum daqueles anedóticos argumentos “colam”, nem localmente convencem qualquer observação na perspectiva da ciência e do interesse da conservação.
A questão hídrica, seja, as tais valas do presidente do governo por causa do degelo, agora é sua! Quer controlar a água? Mas! Controlar a água com que fim?
O efeito físico da condensação e da precipitação, ao contrário do que a senhora diz, não é torrencial mas sim laminar. Ali a água escorre.
A estrada não tem as bermas confinadas, o efeito torrente é inexistente.
A água não absorvida “espalha-se ” por gravidade para os taludes e escorre encostas abaixo de igual modo como na restante da montanha. A sua justificação não passa de uma vergonhosa mentira e aldrabice primária.
Atenuar o impacto visual das linhas de alta tensão com a pavimentação e etc. Explique, para bom entendedor, a sua ideia!
Como “é isso” ?
Vai enterrar os cabos que se estendem de Este a Oeste num caminho que corre de Sul a Norte?! Esses técnicos que você “acartou” nesse passeio são estagiários de iluminação publica ou verdadeiros especialistas de linhas de transporte de energia elétrica?
A largura e os cumprimentos do caminho, que ideia tonta, com dois ou seis metros, o problema é o mesmo. Não passa de um argumento para convencer eleitores distraídos ou pior. Para a UNESCO é igual, em causa está a intervenção, melhor escrevendo a não intervenção.
Incêndios, ora aqui está um bom desafio para a senhora que é professora, diga lá quantos fogos florestais acorreram nas Ginjas nos últimos vinte anos?
How many?
Horário de funcionamento, pois aqui esta uma grande questão, verdade, uma grande questão. Que se encerre tudo e de vez! Pronto! Resolvido! E ficamos todos contentes.
Recuperar o Caminho Real nº28, Hummmm!!!
Com tanta vontade em gastar 10 Milhões de dinheiros, recuperem então aquilo que um dia um louco mandou destruir. O que ele destruiu era nosso património e nossa herança legada por todos os nossos antepassados. A ilha sobreviveu e prosperou, não esquecendo as dificuldades e sofrimento, com os Caminhos Reais. São tanto nossa historia como é a nossa serra e o nosso mar. Muitas semilhas, trigo e vinho foram acartados por aqueles caminhos.
Os caminhos Reais não são a nossa vergonha, são sim monumentos da nossa resistência, o nosso valor e a nossa força como povo.