H oje, ser empresário equivale a jogar a sua vida e da sua família numa roleta russa. Apenas são excepção os empresários do regime, eternamente alapados aos orçamentos regionais, os tais, empresários DDTs, os mesmos que como no futebol, são proprietários dos passes dos jogadores, neste particular dos passes dos nossos políticos, sendo os mais valiosos, os que se vendem por apenas um queque.
A COVID rebentou com a economia, leva milhares de empresas familiares à falência, outras maiores também, algumas apenas sobrevivem devido a uma gestão preventiva e sustentável; outras porém, aquelas muito grandes, que detêm passes de jogadores políticos em posições de poder e a governar, com recurso a variadíssimas artimanhas, safam os seus senhores.
Que fazem os seus vassalos, presidentes de câmara e de governo, com a desculpa pandémica? O santo ajuste directo que cimenta ribeiras e, sem escrúpulos, levam alcatrão as Ginjas, compram o que já é nosso. No CINM, arranjam mil e um artifícios, para os seus donos usarem e abusarem dos orçamentos públicos, como se eles fossem, o seu sistema de segurança e garante social, que alimentam a sustentabilidade das suas empresas, as quais faliam num ápice, não fosse o Santo Ajuste Directo.
Mas depois vemos partidos, que nunca foram governo, nem oposição, afirmar que não se deve ajudar estes empresários!!!
Esperemos mais uns meses e nem Bazuca ou bomba de neutrões em euros nos safam, apenas os que já arrecadaram milhões para os seus paraísos fiscais, se irão aguentar.
É ver cá o alarde de milhões, pelo respectivo secretário, e o burburinho dos empresários, que nada recebem e nadam em dívidas. Aguardemos, porque é assim que nascem revoluções, pela insatisfação social de uma burguesia ferida e traída.
Da Covid e os seus efeitos colaterais, ainda nem da igreja saíram, vão no adro da Quinta das Angústias.
J. Edgar M. Da Silva
