Directorium inquisitorum

 

M anuais para todos os gostos existem mas, na política, criar um manual que seleciona candidatos para as autárquicas, parece saído da Santa Inquisição e só falta, se concretizar escolhas de vassalos, que se curvam e irão governar pelo medo. É maquiavélico a elaboração de um manual desta natureza e com este fim.

Um líder, que não lidera, mas ordena, é um contra-senso em democracia.

Cuidado, muito cuidado, não estaremos abrindo caminhos perigosos que infectam a democracia? Alterar estatutos é uma coisa, agora adicionar aos estatutos de uma organização política, nomeadamente um partido, estatutos com elementos que colidem com a consciência e objecção de cada um não é nada inteligente. Estatutos com um grau de selectividade desta natureza é um erro, em pleno séc XXI.

Propostas para colocar ao RSI, minorias e prisão perpétua nos estatutos de um partido configura promover a exclusão social e banir políticas de integração, num país que colonizou e descobriu 2/3 do mundo. Pior! Condiciona os militantes que possam manifestar posições opostas e contrárias em assuntos de consciência e liberdade de pensamento.

Mau, muito mau, mas o pior é que ninguém contraria, ninguém se atreve a dar a sua opinião, o ar de concordância e o grau de assentimento, é imperial!

Em pleno Séc. XXI não se pode admitir obscurantismos medievais, num país que se quer democrático, transparente e livre.

A democracia não pode admitir presidentes de partidos nacionais que se portam pior do que Presidentes do Conselho, embora esses estavam legitimados pelo Estado Novo.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 22 de Março de 2021 10:39
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