A máfia das obras

 

É um assunto recalcado e não me vou esticar muito, simplesmente isto, já todos percebemos que não há Constituição, lei, regra, orgânica, etc, que não seja pervertida da sua natureza para levar a água ao seu moinho, ou seja, quem tem que ganhar vai ganhar. Ainda esta manhã lia o CM sobre aquele indivíduo, descendência da Madeira Nova, que encontrou tema para atacar Lisboa, ignorando os que padecem sob gestão do seu partido na Madeira. Isso não interessa, é um assunto melindroso.

Todos sabemos que há uma panelinha que divide as obras, com empresas reais ou fictícias, vão a concurso para "respeitar" a lei e depois ganham os mesmos. O refinamento é tal, que é dado adquirido que alguma da panelinha ganha e, as margem são tais, que já há uma bolsa de empresas de segunda linha que recebem os sobejos deles, ou seja, as obras que não interessam à panelinha mas que importa controlar. Esta máfia são os verdadeiros gestores das obras e dos dinheiros públicos a derramar nesta área por algumas empresas, legalmente retiraram poder ao Governo porque puseram lá os seus emissários para concretizar o servicinho em seu favor.

Esta fórmula prova que os rendimentos são tais que estas empresas podem dar a terceiros a execução da obra, porque dá para uns ganharem alguma coisa e os outros, sem trabalho, recebem algum das obras que não lhes interessa para se focar nas grandes empreitadas que dão muito dinheiro.

Assistimos ao açambarcar das obras públicas e já toda a gente goza quando está parta ser conhecido o vencedor de um concurso para uma obra. No ano da Pandemia, as obras continuaram a levar a fatia de leão do orçamento regional, que corresponde a metade do valor do ORAM. Imenso. Não satisfeitos, porque estão maçados com esta fórmula de fingir concursos, agora está na moda o Ajuste Directo. No ano da pandemia os apoios não lideraram, nem à Saúde nem às famílias e empresas da "economia real".

Quando é que há nova rusga nesta matéria? Está nas mãos da Justiça actuar e servir de válvula de escape ao stress e indignação que existe na sociedade perante a crise, é insuportável ver alguns que continuam a sua vidinha dolosa para os interesses de todos os madeirenses. Estamos numa crise, não vemos apoios mas as obras prosseguem. Até inventam com ideias escabrosas como a Estrada das Ginjas. Tudo isto já existia mas agora o povo e as empresas sentem na pele o monstro que foi criado e que os mata.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 19 de Março de 2021 11:11
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