A ilha dos superlativos e os seus baques

 


D evemos ter orgulho no que é nosso mas também devemos saber quando nos usam como escudo. Acontece vezes sem conta, os políticos apropriam-se da nossa vontade para construir as suas narrativas.

Nas últimas 24 horas muita gente não se deve ter percebido de que a ilha dos superlativos deu vários baques. Eles são transmitidos como notícias menores junto a rodos com futebol e a proliferação de expedientes para aparecer, não notícias, que evitam outras prementes ou que deveriam ser desenvolvidas.

Então, ontem descobriu-se que Lisboa não tem total culpa na disparidade dos números da Covid entre a DGS e a Madeira. Afinal houve momentos em que a Madeira não notificou todos. A teoria da conspiração afinal tinha fundamento, o que sentíamos à volta e os casos noticiados somados não batiam certo com os números do GR. Assim junta-se mais uma peça. Quando temos o mais elevado Rt do país mas vivemos em tranquilidade porque não há muitos casos, há algo que não encaixa. Ontem soubemos pela Europa que somos vermelho "encardido", entre as piores, e a Alemanha que levantou o pé a Portugal manteve a região como zona de risco. Ai aqueles separatismos quando os outros estão piores, se nos faziam o mesmo agora ...

Também ontem, soubemos por Pedro Calado que o tal ferry Madeira - Continente já fez a totalidade da travessia do deserto, entre a promessa gravada em vídeo na campanha eleitoral do PSD Madeira nas Regionais de 2015 para a total culpa de António Costa. Foi uma migração lenta mas feita para um passa-culpas. Mas se isto enoja, recordar tudo o que de mal disseram para que esse ferry emperrasse, mostram que as razões que Pedro Calado invoca para determinar o fim de vez da ideia do ferry Madeira Continente, implica acabar com o ferry Madeira - Porto Santo: deficitário, altamente subsidiado. Pedro Calado trata-nos por burros? Tem alguma comparação o tráfego Madeira - continente com o Madeira - Porto Santo? A campanha de 2015 foi então tudo mentira, como sempre.

Dá-lhes um prazer sádico em gozar com a sua cara:

O que se passa no JM, que se assume descaradamente e cada vez mais como o jornal Povo Livre do PSD, é um "remake" do que este partido já fez com as Casas do Povo para se tornaram, na maioria, sedes do partido. A situação revela-se doentia, sobretudo a relação com o poder na total ausência de deontologia, contraditório ou comparação, é o jornal dos superlativos governamentais, páginas completas de secretários que não debitam nada, protagonista reservado ao GR. O jornal faz notícias com o expediente do governo, investigação ... ZERO. O JM está capaz de chamar o Jaime Ramos para fazer aqueles antigos cartoons adjectos com que perseguia a oposição. Toda a farsa de Sérgio Marques resultou num JM cópia do Jornal da Madeira, com os mesmos a pagar: o contribuinte.

Mas o Diário de Notícias não está melhor, dando guarida a um indivíduo que não é reconhecido nem tem credibilidade junto da população para fazer avaliações sobre os outros. O abjecto João Paulo, que para nada serve, nem para cabeça de lista à Câmara do Funchal, serve para um tacho na ALR bem pago e que nunca demora 5 meses como os profissionais de Saúde, com adendas para as suas tropelias, servindo de advogado perdedor para a Região nos casos em Tribunal dos amigos do betão por 25.000€. É tipo a cena dos portos mas neste caso para o betão ganhar mais. Um indivíduo desta categoria chama de bibelô a Ireneu Barreto, atenção é a pessoa e não ao cargo. Vingança encomendada por Tranquada para castigar Marcelo? Assim continuamos a cozinhar o nosso isolamento e aversão. Talvez Ireneu deva fiscalizar mais esta ilha de cleptocracia com leis que lhes servem à medida ...

Todos desconfiamos da Empresa de Electricidade, covil de tachos dourados dos militantes social democratas, até o mordomo de Jardim já lá está. Acontecem coisas raras, uns pagam contas a mais para outros não pagar. Estuda o gás natural por 7 anos e oferece ao Sousa. A Empresa de Electricidade, ainda ninguém o disse, enferma de dívidas como as Sociedades de Desenvolvimento. Ainda aqui vamos, apesar de ser uma área de lucro, não nos esqueçamos que a APRAM também o é e tem as contas numa desgraça. Qualquer dia descobrimos mais um superlativo regional em baque. Paga contribuinte.

Por último, salientar o fel que vários dos reais beneficiários do CINM, durante anos e anos, vertem agora sobre o mesmo, enraivecidos porque afinal é aqui que se lava dinheiro, se ganhava dinheiro para construir hotéis e fortunas pessoais e se acolhe roubos para além a evasão fiscal. A recalcada estratégia regional de trazer os outros para a lama não resultou, pelo simples facto do PSD Madeira não ter poder para isso ... como vai fazer com a Estrada das Ginjas e que, a mesma Comissão Europeia, já disse que a Bazuca não é para Estradas, Barragens e Pontes ... o pleno da Madeira Nova que não muda o modelo.

Um operador romeno é a novidade de Eduardo Jesus, vamos ter que zelar mais pela carteira? Miguel Albuquerque visitou a empresa de Carlos Rodrigues que também "chora" para se lembrarem dele. Mas nem tudo é mau, o homem mais chumbado do Funchal mostrou que não foi sectário na distribuição de valores pelas Juntas de Freguesia. Falta aparecer o de São Roque ou a do Monte a fazer comparações ao estilo com os Açores, a dizer que devem receber o mesmo que Santo António ...


Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 13 de Março de 2021
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