A divina comédia da Rua dos Ferreiros


E scrita nos últimos anos, nas catacumbas dos gabinetes bafientos e sombrios da Rua dos Ferreiros, esta é a viagem de um escritor Adolfo Brazão, que se inspirou em Dante, no mundo incerto das falcatruas, do peculato, do tráfico de influências, da extorsão, dos plágios, das perseguições, onde existe a mão pesada da protegida do Dr. Filipe Machado, a mui honrada Maria da Paz Rodrigues, Diretora de Serviços de Dinamização Cultural e subordinados, como a Rainha Consorte Teresa Brazão. Tudo gente sem esperança na redenção, segundo o autor, onde são confrontados com a sua verdadeira natureza e pagam pelos seus pecados terrenos. Serpentes, demónios e divindades acompanham Maria da Paz e suas comparsas na descida ao inferno, na passagem pelo purgatório e na chegada ao paraíso, a última estação desta obra fundamental da literatura burlesca regional.

Os versos desta Comédia à madeirense, não servem tanto o divertimento, mas uma reflexão sobre a natureza humana. Viajámos ao fim de tudo, ao tempo sem tempo, quando a alma destas, enfrenta a morte e o seu julgamento. Nos subterrâneos do Inferno e no limbo do Purgatório, onde há visitas guiadas por um símbolo laranja Machadinho, vamos conhecer vítimas e pecadores, assistiremos a terríveis tormentos, que escuta arrependimentos, confrontos com a maldade dos homens e o ganhar de outra consciência de si e das multidões que o acompanham. A terceira e última paragem da jornada é o Paraíso, aonde chega Maria da Paz e comparsas, conduzidos pela mão sábia de João Carlos de Abreu e sua Eminência Dom Teodoro e lhe são concedidas a visão de Deus, mas logo, repudiado pelas suas presenças, fá-los sumir da sua frente para o fosso abissal de onde permanecerão para eternidade a pagar por tudo.

A Peregrinação de Dante Alighieri, tem um final feliz, apropriado ao ideário cristão, já esta o final é infeliz, apropriado ao ideário maldoso e atroz daquela gente. O poema, dividido por três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso, cada um com 150 cantos, e mais um introdutório, que perfaz o número da besta 666. 

Este livro será lançado no dia 21 do presente mês, terá Nota de Abertura da Emídia Loja e prefácio da Isabel Barbeito numa Edição da Figueira das Ginjas.

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de Março de 2021 12:48
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