O Rei de São Vicente vai nu

 


O Rei vai nu é uma história infantil que conta o seguinte: “Era uma vez um rei que gastava todo o seu dinheiro em roupa. Um dia apresentaram-se diante dele dois impostores que se faziam passar por alfaiates. Diziam que não só conseguiam fazer trajes muito bonitos, com cores e padrões maravilhosos, como também eram capazes de dotá-los de uma qualidade extraordinária: ficavam invisíveis diante de qualquer pessoa que não fosse qualificada para o cargo que ocupava... “

Ora esta pequena história faz-me levar a adaptá-la aos tempos que se vive no Concelho de São Vicente, desde o ano de 2017 até à presente data.

Em São Vicente temos um rei que se chama José António Garcês, e que tem em seu redor alguns impostores, de entre eles, o Senhor Secretário da Agricultura Humberto Vasconcelos, e o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

Num belo dia estes impostores chegaram ao pé do rei e venderam-lhe várias histórias que seriam as mais belas que alguma vez o rei tinha ouvido. Começando pelo impostor Humberto Vasconcelos:

O impostor Humberto Vasconcelos, no alto da sua arrogância, embora mal disfarçada, convenceu o rei José António Garcês que São Vicente por ser um Concelho de produção de Vinho Madeira, e tendo castas nobres e de boa qualidade, merecia que fosse construída uma adega de maiores dimensões e com tecnologia mais recente, a fim de a mesma poder fazer face à quantidade de uvas que este Concelho produz. 

Ora com a construção dessa nova adega os viticultores iriam ficar contentes, a produção não iria ficar perdida e à mercê de algumas casas de vinho. Para além disso, alegou o impostor Humberto Vasconcelos que o rei deveria prometer aos seus vassalos, que o preço das uvas iria ser pago de forma justa e adequada, pois os viticultores mereciam um pagamento melhor do que tinham recebido até então.

Disse ainda o impostor: Sua Excelência não se esqueça que se convencer os vassalos de que irão receber o preço justo e adequado e a sua produção for escoada, eles trabalharão mais e mais para si, sem reclamarem de nada, e quando chegar às eleições terá os votos desses mesmos vassalos. Disse então o rei para o impostor: E se alguns vassalos não ficarem convencidos, que poderei fazer para não perder o meu reino? O impostor Humberto Vasconcelos disse: Meu Rei se isso suceder não se preocupe que eu irei até cada um deles e ameaço que se não votarem em si, perderão aos apoios e até as reformas. Não se esqueça que eles são velhos e têm medo de mim. Está tudo garantido.

Nisto entra em acção o impostor Miguel Albuquerque, que diz, meu ilustre rei, porque teme? Não se esqueça que eu também tenho uma excelente ideia que deve ser “vendida” a essas pobres criaturas que estão cegas pela cor do nosso partido, a cor laranja.

Embora a nossa laranja já esteja a ficar podre, mas isso não pode sair daqui, ainda há muitos que pensam que esta tem sumo para deitar. Mas como são ignorantes, vão continuar a acreditar na suas palavras e boas intenções.

O rei lembra-se da estrada das ginjas? Sim aquela que liga São Vicente ao Paul da Serra? Temos de convencer esses vassalos estúpidos que a mesma irá ser alcatroada, e que a obra irá mesmo avançar. Assim ficarão todos felizes e contentes.

O Rei após ouvir esta história apresentada pelo impostor Miguel Albuquerque ficou curioso e questionou, mas o que poderei alegar para convencer os meus vassalos? Olhe que eles não são assim tão estúpidos.

O Impostor Miguel Albuquerque disse: Rei deverá dizer que houve uma proposta de manifesto e que essa proposta tem o meu aval, e o aval do governo regional, pelo que a mesma vai avançar contra tudo e contra todos. Afinal quem manda aqui somos nós.

O rei ao ouvir tais histórias e convencido que até então seriam as melhores propostas apresentadas, não perdeu tempo e mandou espalhar em todo o reino de São Vicente o que iria suceder durante o seu reinado. Os vassalos ao ouvirem tais promessas, acreditaram e mais uma vez o rei permaneceu no seu trono. Sucede que passados quase 4 anos de mandato, tais promessas não foram cumpridas na íntegra. 

A adega não foi construída, os vassalos continuam a ser mal pagos pela produção das uvas, e o escoamento não é feito da melhor forma, pois os senhores das casas de vinho alegam todos os anos que existe excedente de produção e que  não conseguem armazenar mais nenhuma quantidade desse produto maravilhoso.

A estrada das ginjas ainda não foi asfaltada e até hoje a população de São Vicente continua a reivindicar a mesma e a melhoria do seu acesso ao Paul da Serra.

Quanto aos impostores, esses fugiram para o Funchal e enfiaram-se nos seus gabinetes, a encherem a pança com o dinheiro do zé povinho, deixando o rei completamente nu e sem qualquer credibilidade.

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2021 19:52
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