Madeira 2050, aportam ao Porto do Funchal navios carregados com lixo da Europa para o aterro do Atlântico, sumidouro ancestral de dinheiros do velho continente. A única atracção para os funcionários da salubridade é o Museu do Betão. Lá foi o tempo do turismo de pata rapada, chegou o desenvolvimento.
A entrada no museu faz-se em tapetes rolantes, onde cada visitante representa um calhau roubado a caminho da britadeira. Ideia da Nini Andrade.
T udo começa com a zona de Madame Tussauds, abundam as réplicas em cera dos ex secretários regionais com a pasta das obras publicas, todos possam com o Fino num momento em que estava grosso mas os grandes destaques vão, Jardim (o papada de loiça) e Albuquerque (pela mudança de paradigma e modelo económico) mas, Calado tem uma estátua maior do que os líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il de antiga Coreia do norte da Coreia do Norte. Traja calcinhas apertadinhas para tornear tudo o que as mulheres gostam, há uma zona mais brilhante do que a estátua do Ronaldo, por comer todos os madeirenses com conversas de ir ao ... museu.
O espólio está dividido por secções, por exemplo, existe a de betoneiras com um pódio, lugar onde se junta pó branco em quantidades diferentes para mostrar os vencedores. Lá figuram as 3 que mais cimentaram a Madeira, ao longo da vida, num só dia ou por ajuste directo. A secção dos camiões, com aquele que mais terra espalhou na via rápida para as pedrinhas picarem o pára-brisas; o que mais escabaçou o alcatrão para o proprietário voltar a deitar um tapete; o que mais carregou fora da lei, e não poderia faltar o "preto de África", o camião que mais alcatrão acartou e o terror dos funcionários "pretos de África", quando viam o bicho no Verão, com sol tórrido, derretiam-se e já lhes passava o cilindro em cima. Podem não acreditar mas, só assim tivemos uma capinha fininha de acabamento para não "esfarelar" ... e voltarem depois do Inverno. Grandes chamadas ao tapete houve por causa destes traidores da facturação. Não faltava gente para trabalhar sem outra actividade económica ...
A secção das perfuradoras é muito interessante, até porque tem um quadro vivo do momento em que orgulhosamente se furou um lençol freático no Túnel da Serra d' Água - São Vicente e os "branco de África", as toupeiras da construção, saíram a correr. Foi lindo, uma obra da natureza, daí para cá ninguém nota que o piso nunca foi regular porque, os "pretos de África", mudam o alcatrão com frequência. Não tiveram a sorte do Carlos Rodrigues em montar uma corneta de 10 em 10 metros mas trabalho não falta. O espaço termina com a saída em xavelha com água a brotar.
A secção "O futuro é risonho" dá uma perspectiva do que as obras públicas podem trazer à Madeira, por exemplo, os países de África atinadinhos passarem à frente da Região, tudo numa altura que já pusemos de parte qualquer comparação com a Europa civilizada, que mandou apostar no verde mas que o Povo Superior não ligou nenhuma. Graças a Deus que tivemos visionários. Muitos dizem que foi o momento crucial do desenvolvimento da Madeira, que rivaliza com aquele em que Paula Cabaço substituí Pedro Ramos na Saúde para os privados estarem ainda mais à vontade.
No entanto, a parte que as famílias mais gostam é a dos estaleiros com uma retrospectiva das maiores manchas de Leite com Cacau nos mares da Madeira e de como eles inventaram, com tanta terra no mar, o "alho da pena marítimo". Como sabem, é a erva mais ruim de qualquer jardim e que sobreviveu no meio marítimo. As crianças adoram os tobogãs estilizados de britadeira, desde o pó de brita ao tout-venant, única referência à Europa em todo o espaço, porque escrito em francês, tudo o resto é em madeirense das obras.
À saída do Museu, as pessoas podem tirar as suas últimas fotos na Laurisilva de Pedra, uma criação artística da Nini Andrade, com inertes e paus, como não poderia deixar de ser mas, com a soberba criatividade de deixar uns pés de liamba da Colômbia a crescer, o que causa grande impacto porque é o único verde da exposição, uma raridade em meio natural na Madeira do futuro.
As instalações do Museu do Betão ficam situados nas antigas instalações do Museu do Romantismo do Albuquerque mas, será ampliado com secções temáticas no Museu dos Automóveis Clássicos do Eduardo Jesus, desde que façam um muro alto na obra da Pontinha para evitar o salitre e no Museu dos Dinossauros, aqueles que montaram o esquema há 74 anos. Para o ano festejamos as Bodas de Sikalatex, borracha sintética usada como aditivo para pontes de união cimentícia, entre o Betão e o Orçamento da Região.
Não vou contar mais nada para não perder a emoção na Vossa visita, só digo que há secções incríveis, a dos Ajustes Directos é de fila para entrar! A das orgias e patuscadas no estrangeiro é fabulosa! A área de Mecenas & Caridade é um imenso pavilhão ... vazio, claro, pensado pela Nini Andrade. À saída do Museu, todos posam para a fotografia no espaço criado para o efeito com as inscrições, "Nem na terra, nem cremado, teu futuro é com uma laje em cima. Viva a dívida!"
E pronto, acabou, cada familinha eleitora entra no seu carro dos Flintstones, contentes por mais uma excelente iniciativa do Povo Superior, com jantes de basalto, rádio britadeira, volante com "vergalhinho" tipo cilindro de alcatrão,
Agora muitos perguntam, porque raio está a imagem do Barrete nesta publicação? Simplesmente porque ele não estava de acordo com o Museu do Betão mas, depois com o Estudo de Impacto Ambiental, mudou de opinião, sobretudo com a contribuição da Floresta de Pedra na réstia de Laurissilva que ficou no canteiro de Liamba da Colômbia da Nini. Foi ele que rapou o dinheiro dos apoios à economia da célebre crise da pandemia para viabilizar o Museu. A família do defunto político sonha ter uma estátua de cera maior do que Calado ...
Repto do Diabo: lanço daqui o convite a todos os perseguidos por perfis falsos, a 3.500€ mês, que escrevam no Correio da Madeira. Se não pode fazer exercício físico por causa do louco do Presidente, exercite os miolos.