Episódio 6: Os Sábios Cientistas-Lenhadores de Lisboa ...

 

... que vieram à ilha fazer um relatório.

O documento 2020 Conservation Outlook Assessment sobre a Floresta Laurissilva da Madeira relata várias ameaças ao estado de conservação da Floresta Laurissilva da Madeira, assim como apresenta reservas sobre algumas atividades humanas que se desenvolvem no interior da floresta. 

Claramente, referem no seu último relatório, de Dezembro de 2020 (há poucos meses atrás) a sua preocupação com a asfaltagem do Caminho das Ginjas. No entanto, o estudo EIA da Gililililiamb de Lisboa a ele nada se refere, muito menos responde a alguma questão e preocupação levantada pela auditoria da IUCN. 

ZERO !

Porquê? A autora do estudo desconhece, a existência do documento?  

Então que raio de competência, preparação e profissionalismo se ignora a auditoria da IUCN sobre o estado da floresta. Nesse documento, que a secretária, o instituto e aqueles órgãos, departamentos, secções, corredores, portas e janelas conhecem, as preocupações com o asfaltamento estão bem “escarrapachas” em várias partes do relatório. Só se não sabem ler Inglês e a Gilillilililiililiamb é monolingue, só o que está em português serve.

Lá está … Clarinho-clarinho !

E, esquecem-se que quem audita para UNESCO, a tal entidade classificadora do estado de conservação e gestão da floresta património e relíquia mundial, é a IUCN !

Podem-se considerar como seres superiores de um povo superior, mas essa presunção não é universal e a Declaração Universal dos Direitos do Homem não vos ajudará muito na afirmação dessa pedante vaidade.

O seu valor e qualificação, como fonte portadora de dados e informações é menor, se relacionada com o estudo titulado pela Gililililiuamb, Unipessoal, Lda.? 

Se não, onde e como reflete o EIA - Caminho das Ginjas diligências ou observações relacionadas com o relatório da IUCN? Não esquecer que o Floresta Laurissilva da Madeira 2020 Conservation Outlook Assessment da IUCN é do conhecimento do Governo Regional, por intermédio da Secretaria Regional Sra. Susana Prada e pelo diretor do IFCN, Instituto das Florestas e Conservação da Natureza Sr. Manuel Madama Filipe

Já agora, Gililililiamb autora do estudo, considera que a substituição de uma espécie da Flora cortada, por causa das obras, por outras três novas a plantar, é suficiente para mitigar o impacto. Onde assentam ou fundamentam cientificamente essa premissa? Legitima-se o corte de centenárias?

Para o analista de pacotilha, trocas e permutas de plantas anulam ou mitigam impactos ecológicos pela introdução de um fator matemático? Ou seja serro uma, planto três e caso resolvido. A sério? E isso vai passar na análise da Direção de Ambiente, vai? É bom que revejam rapidamente as dinâmicas genéticas e celulares das plantas, etc. Porque será necessário fundamentar perante pares, e como isto tudo vai acabar nos tribunais, é bom que os argumentos tenham razão de ciência e por ai além. 

Já agora, não é visível em nenhuma “fotografia de campo” que o caminho das Ginjas mostre sinais de perigo quanto aos declives fortes. Onde andaram? Como não são de cá, devem ter errado na zona das Ginjas e o seu caminho. 

E, tecnicamente escrevendo, a cobertura asfáltica preconizada pelo quasi-estudo não apresenta convincentes caraterísticas de absorção, como escrevem no estudo EIA. 

A construção de uma via em asfalto corresponde à utilização de material inerte impermeável, e mesmo aludindo a standards Marshall/Duriez, estes não passam de características empoladas no que se refere permeabilidade. 

Tais técnicas e materiais não permitem permeabilidade instantânea, assim sendo, os níveis de escorrência superficial absolutos serão muitíssimo superiores aos atuais. E la vai o argumento do presidente do governo regional do dia 10 de fevereiro, aquilo é para canalizar a agua, ora que burrice, como esta do desempenho físico e hidrológico é o correto e necessário para a irrigação e infiltração de água no solo. 

Oiça, com quem se aconselha ou quem lhe dá explicações que resultam nestas patachadas, tecnicamente anedóticas. 

Um dos objetivos do projeto é dinamizar o turismo e o tecido económico da região. Mas a realidade demonstra que os turistas que nos visitam pelas nossas paisagens naturais e pela Floresta Laurissilva não estão interessados em percursos alcatroados. Preferem trilhos, levadas e percursos panorâmicos até mesmo por outros relacionados com a história, herança e cultura do povo Madeirense. 

Querem lá saber do alcatrão do senhor presidente da Câmara de São Vicente.

Leituras recomendadas:

- Episódio 1: O esquema do meia-vaca!
- Episódio 2: O especialista em Sapateado, Florestas e Ginjas
- Episódio 3: É para se fazer (Ginjas)
- Episódio 4: A Elite das Florestas e sua Selvagem Batonete apresentam ...
- Episódio 5: Episódio 5: A Parodia do Regedor e dos seus encardidos partidários

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por chat do Facebook
Domingo, 28 de Fevereiro de 2021 02:20
Todos os elementos enviados pelo autor.