A isca dos milhões para o betão


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A Bazuca está vigiada por vários lados e o Governo Regional faz-se de virgem. Por um lado mostra a sua categoria com a eterna comparação de querer receber o mesmo dinheiro do que os Açores com 9 ilhas. Isto não é defender a Madeira, isto é criar estigma por falta de diplomacia. A falta de categoria e atitude nesta nova geração, os Renovadinhos, ainda não percebeu porque perde, ou melhor, não recebe atenção.

É evidente que para as áreas onde há dinheiro vão começar agora os posicionamentos dos dos clientes habituais, os que já estão e os que vão estar mas, falta uma "fatia de leão" em "trigo limpo", por isso começou a "guerra" por 100 milhões para o Porto do Funchal. Não se houve falar em como afectar dinheiro ao novo hospital, já que a Saúde tem atenção especial. Para aqueles que não têm interesses na justa forma de actuar deste poder, não é difícil conferir o jogo de cintura e associá-lo ao jogo de interesses. O que venho abordar, em circunstâncias normais, seria obsceno mas como sabemos o que a casa gasta ...

Este governo regional gere muito mal os portos, conscientemente, e nenhuma promessa no seu âmbito foi cumprida (vídeo #1) e (Vídeo #2). Aquele teatro do que ia acabar com o monopólio esfumou-se, assim que ganhou as primeiras internas no PSD e as primeiras Regionais. Foi resolvido enviando para as calendas da Justiça, para emperrar e não para acabar o monopólio. Com jeitinho e atendendo aos advogados que o GR anda a contratar (link), é mesmo para perder.

Vejamos. o GR quer ampliar o Porto do Funchal, até acho bem mas noutras circunstâncias e projecto. Não para salvar a barraca do Cais 8. No âmbito dos cruzeiros o desastre é total. Nas obras marítimas, repetimos a dose, o desastre é total. A Lota não me parece opção consciente dentro de um porto de recreio e cruzeiros com um hotel ao lado, quando faltam rampas Ro-Ro e o ferry prioritário.

Para bom entendedor, a obra da Pontinha é muito apetecível, movimenta muito dinheiro, é preciso arranjá-lo para "naturalmente" servir os madeirenses, neste contexto dos portos já descrito. Se der problemas, surgirão mais obras para resoover, pode é bloquear a entrada. Havendo obra, teremos um desafio não quantificado que se pode resultar noutro "desastre" dada a profundidade que, as empreitadas anteriores, autoras de uma Pontinha robusta ao longo de décadas nunca arriscaram.

Se esta obra viesse acompanhada da "libertação" dos portos, o risco valeria a pena, por ventura com outro tipo de investimento. Assim, é como a situação hospitalar, um hospital novo com a gestão antiga de várias capelinhas não vai dar certo. No porto, ter mais cais para consumir betão com um monopólio e uma APRAM incompetente vale zero. O GR vai investir para dar a privado ... "trigo limpo". Assim se fazem ricos. Não vejo o investimento em benefício do porto mas dos "clientes" do costume. Alguns lucrarão mas o medo de ser um porto livre permanecerá. Quem vai retirar lucro desse investimento atendendo à APRAM que temos e aos erros que cometem? Meter betão como na marginal entre a Ribeira Brava e a Tabua ... qualquer um mete ...

Seria interessante as autarquias da oposição fazerem este jogo de ruído a pedir dinheiro à toa como faz o PSD com o continente.


Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2021 21:03
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