Uma crise de sucesso

 

I nfelizmente e devido a décadas de poder, o PSD Madeira tornou-se sectário a governar, sente-se ilibado de governar para todos os madeirenses se contentar os seus e ganhar eleições. Acha que por ganhar eleições ou conseguir manter o poder, está certo. O problema é que enquanto houver dinheiro para manter a incompetência e a "pobreza", ninguém mete mãos a produzir realmente para um tempo diferente com orgulho e alegria no trabalho. Por agora, alguns tentam sobreviver e outros tentam roubar a União Europeia,.

Lamentavelmente e em plena democracia, criou-se uma monarquia profissional na Função Pública, onde se enraizaram famílias completas em vastas áreas da governação, extensível aos amigos mais chegados. Os país guardam o lugar para os filhos e tudo se passa numa aparente normalidade, chegando os beneficiários a se sentir ofendidos a quem põe esta situação em causa. Naquelas cabeças não há competição pelo posto de trabalho, é pertença à partida de alguém, quem vier reclamar a oportunidade é maltratado, aldrabado, corrido diplomaticamente ou mesmo à bruta. Como existe uma grande máfia, encobrem-se uns aos outros.

A incredulidade toma conta de nós, sobretudo quando os postos de trabalho na função pública não se gerem pela qualidade dos profissionais, nem pelas suas áreas de profissão mas sim por onde existe uma oportunidade para empregar alguém, completamente deslocado e inapropriado, nem que se tenha que auxiliar com concursos à medida ou alterações de orgânicas. Depois, os de sempre carregados de trabalho, levam todos às costas para, na hora das promoções, serem contemplados os mais inúteis e incompetentes porque fica feio não destacar a cunha, o elemento vindo das famílias do poder ou do partido. É motivo de cair em desgraça no seio da máfia. Com tal descaramento, fere-se tantos que marcam passo na carreira, apesar de serem os que aguentam o serviço. Muitos vêem-se sempre com o mesmo vencimento anos a fio e na mesma carreira, para depois ver um inútil premiado com um ordenado superior pelo lugar criado. Alguns, os realmente bons, trabalham sob ameaça da imensa corja que sobrevive sem habilitações no serviço, desses que nem comparecem ou gozam de viagens de trabalho que no fundo são férias sem abater os dias que lhes são destinados.

Irracionalmente, num novo tempo de muita exigência, não temos os melhores ao serviço porque não foram escolhidos e os "carregadores de piano", magoados até ao tutano, sentem-se derrotados e deixam-se perder na atitude de brio e profissionalismo que tinham. Não vale a pena a vida que levam sem um elogio ou reconhecimento. Basta o dinheiro ao fim do mês e viver para a família.

Hoje, apesar destas letras amargas, estou feliz, acabo de receber pelo Whatsapp uma fotografia de alguém com imenso potencial que, nesta terrinha, estava debaixo das "patas" dos tais incompetentes eleitos ou escolhidos que, em posse do poder eterno, não permitem o desenvolvimento integral da sua região e das pessoas de valor. Em plena pandemia, o meu amigo emigrou porque leu uma oportunidade interessante na net e, em apenas um ano, a sua vida modificou-se pelo valor da sua pessoa, da sua formação e do seu profissionalismo. Na foto, está ao lado do "guru" da sua área e escreveu assim: "pessoa tão importante mas humilde e de trato fácil".

Por cá, terra de enredos e invejas, de tolos e de maldade ao próximo, todos os eleitos ou escolhidos têm uma chave da retrete.

As crises e as guerras trazem o destaque dos melhores pelo tempo de exigência, nascem invenções e novas vidas que, caso contrário, seriam de rotina que atrofia.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2021 02:37
Todos os elementos enviados pelo autor. Imagem CM.