A súbita aprendizagem
N ão vou dizer que sou leitor assíduo das opiniões e crónicas dum afamado, e já não tão católico, jornal da nossa praça. A maioria é masturbação, política, historietas, com honrosas excepções, claro.
Mas, havia uma que eu lia sempre, a da Sra Deputada e Vereadora do CDS (parece que não há mais gente, da maneira como coleciona cargos, deve mesmo ser muito competente) e, como la aparece ... Presidente da Venecom. Não perdia aqueles escritos bilíngues ou de enxerto de duas línguas numa só. Parágrafos trocados, palavras escritas em portunhol. Sim, uma coisa é falar como a senhora fala, outra coisa é escrever, como a senhora escreve.
Acontece que os textos da senhora estão a piorar dramaticamente, a perder todo o interesse, como quem diz, a melhorar muito e a perder o interesse. Eu só os lia para rir um pouco daquela bagunceira de ideias e construções gramaticais que não existem nem em português, nem em castelhano. Mas, de há uns tempos para cá, a bagunceira organizou-se, o portunhol desapareceu e até os textos passaram a ter algo que nunca tiveram, sentido!
Ou seja, os textos deixaram de ser escritos por ela. Uma pena ... Vou deixar de ler.
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O jornal respeita a organização do poder, cada um com a sua fatia eleitoral.
