Quando os extremos se tocam

 

H á vários anos tenho assistido ao ressurgimento e multiplicação de partidos e governos, quer de extrema esquerda como de extrema direita, no Ocidente. Com eles renasceu uma cultura de ódio, insultos e ignorância reminiscente da década de 30 e 40, do século passado. Este renascer é alavancado pela falta de capacidade crítica das pessoas/ignorância e amplificado exponencialmente pelas redes sociais.

Historicamente, os extremos foram inicialmente aliados no evento mais mortífero da História, a 2 Guerra Mundial. Para quem não se recorda das forças do Eixo, entre outros, incluíam a Alemanha Nazi de Hitler e a Rússia Comunista de Estaline. Estes movimentos, aparentemente antagónicos, apresentam semelhanças que os unem ainda hoje: ambos crescem em climas de medo e incerteza (como o atual), sua aderência deve-se a motivos emocionais e não racionais (Chega e Bloco), são  apologistas do totalitarismo e das limitações a liberdade (vigilância de jornalistas pela PJ, que foi ordenado pelo DIAP, ou a cidadãos "refractários" na Madeira), sentem um ódio visceral contra as minorias e gays, embora os usem como forma de autopromoção. Os falsos humanistas dos tempos modernos transvestiram-se de unicórnios e arco íris. 

A exploração da divisão que está a ocorrer no Ocidente, deve-nos preocupar a todos, porque  “um reino dividido contra si próprio, cairá". Devemos nos questionar o porquê de termos que escolher entre "cortar um braço ou uma perna".

Apelo a que estejam mais conscientes, a nossa liberdade e respeito mútuo não são negociáveis. Nós nascemos livres e morreremos livres, se o respeito pela diferença prevalecer.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021 16:41
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