A minha intervenção é curta, é uma observação, a toda a hora o GR reclama mais atenção do continente mas é sede de uma Autonomia com capacidade de gestão e orçamento. É inconcebível que tendo estas atitudes com o continente depois faça o mesmo em relação ao Porto Santo. Se a Madeira se acha de segunda em relação ao continente então o Porto Santo é de terceira, sendo de segunda nas prioridades da Madeira. Tudo o que se vê anunciado é folclore porque embeleza as páginas de jornais mas nada trazem de novidade para os residentes no Porto Santo.
Uma das mais valias do Porto Santo é o seu aeroporto, subaproveitado quando a Madeira tem um aeroporto problemático com inoperacionalidades. Antes da pandemia era o problema número do turismo da Madeira, quando passar a pandemia voltará a ser. Por nenhuma vez a Madeira considerou o Porto Santo como plataforma de apoio, os aviões vêm para aqui quando têm expectativas de voltar a tentar a aterragem na Madeira ou para reabastecer. De resto, regressam à origem ou vão para as Canárias.
O nosso clima está pior, mais extremado e menos ameno, isso implica que a inoperacionalidade vai aumentar mas ainda não se decidiu de vez apostar na única alternativa para a Madeira ter resposta. Será que o bendito estudo vai verter para o papel esta evidência clara? Conceber um verdadeiro plano de contingência apoiado no Porto Santo e a escoar por ferry. Muitas vezes temos que converter um handicap num trunfo mas ninguém quer saber. O governo da "Madeira" não vê no Porto Santo uma solução e uma forma de ajudar a viabilizar a ilha.
Agora que o vou dizer, muita gente vai reconhecer, são as redes sociais que colocam o Porto Santo no mapa e fazem discutir de forma sincera os problemas da ilha dourada. As redes sociais têm facetas positivas, ninguém descobriria Luís Bettencourt, por exemplo, muito melhor do que os debates de "pacote" do JM.
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