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Recortes da Edição DN - Madeira de hoje

A Justiça encontrou uma fórmula perfeita para deixarmos de ser um Estado de Direito e passarmos a um Estado de Aldrabões. Vem mesmo a calhar a democratização do crime financeiro no meio de uma crise. Está aqui a salvação do CINM! Aproveitem o precedente. Acabe-se com as queixas tolas porque todos sabemos que a máfia italiana vai para lá lavar fundos europeus, que os políticos africanos vão branquear os roubos nos respectivos países, etc. Se sabemos, não é crime! Quanto aos daqui, ... não precisam ir para o Dubai.

Acabe-se com a história do roubo das pedras nas ribeiras porque todos sabemos que eles roubam para facturar mais e enriquecer cobrando o bem público ao erário público. Não é crime! Até podem usar o dinheiro para comprar o Correio da Madeira e acabar com aquela fantochada. Nem aos políticos podemos tocar, dado que cada vez mais fazem tudo à descarada ... para sabermos. Eles roubam mas fazem ...

Agora é que os aldrabões vêm todos para Portugal, depois de EUA e Brasil isto é fantástico. Com estas decisões e sem a implementação das Leis Anti Corrupção, as pirâmides podem subir de nível através do ORAM. Vai ser espectacular ler as entrevistas dos estrategas brasileiros nos jornais locais: - Oi cara, nóis vir cá explorar a galera de forma sincera num negócio ilícito, não transaccionamos absolutamentchi nada mas, como temos Jurisprudência, nada podem fazê. Funciona assim, tudo às claras, ganhamos dinheiro e o último a entrá fica a berrá.

Que grande oportunidade que a Justiça portuguesa nos dá, nada mais e nada menos do que a fórmula para fazer face à crise. Manda-se a Bazuca para trás! O Governo Regional e os particulares têm aqui um instrumento de desenvolvimento do melhor. Já podem mandar o Barreto enfiar os apoios! Mas, ai do gajo que for apanhado a roubar um chocolate ou a por o filho a beber o sumo dentro do supermercado para deixar o vasilhame por lá antes de chegar à caixa! Seus bandidos!

Hoje aprendemos que se pode praticar crimes desde que se avise o lesado. Por exemplo, se vamos roubar uma casa devemos deixar um bilhetinho:

Por favor, não apresente queixa, não vai dar em nada e tenho cópia do bilhete que lhe deixo com a respectiva gravação em vídeo do roubo para conferir com este bilhete. Vamos carregar no youtube para ganhar dinheiro com a publicidade, não se ofenda. Assinado: o seu ladrão predilecto. Ahhh, voltamos para a semana! Não adianta mudar as coisas de casa porque estamos a vigiá-lo.

Quanto à malta que se aproveita do recolher obrigatório, roubem tudo! Mas deixem o bilhete aos lesados com o vosso nome, número de telemóvel e cartão do cidadão, uma fotografia A5 e morada. Se forem espertos podem deixar a lista do que precisam para o próximo roubo, assim tipo lista de casamento, para que o local esteja abastecido a tempo e horas. É uma chatice ir roubar e não encontrar as coisas. Esses lesados às vezes são uns bandidos! Quanto à polícia, pode exigir ao Governo Regional o escrupuloso cumprimento do recolher obrigatório para a sua classe. Não serve para nada ir para a rua vigiar, a malta é sincera e já não rouba às escondidas. No entanto, há um pormenor, com a liberalização do crime financeiro, toda esta malta que trabalha para viver pode passar a ser concorrência dos ladrões ou ir lá a casa.

E quanto à Graça Luísa, digo eu por ela, agora chupem lá Correio da Madeira! Está provado que o negócio era uma aldrabice legal!


Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021
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Caro autor, estimamos o seu humor mas sempre dissemos que éramos a "sede do contraditório" por isso não há delito de opinião, foram informados!