H á dias vinha no autocarro e, naqueles momentos da viagem em que realmente apagamos para o mundo e ficamos sozinhos a olhar para o além, fez-se o click. Nesse dia, por acaso li o artigo de AJJ no JM e pensei no fio condutor de todas as suas mensagens, ou seja, o que está por trás. Despachada a família, sobretudo os "piquenos", voltei a ter uns momentos meus e fui para a internet averiguar se o que pensei tinha fundamento, e teve.
Se qualquer um de vocês desejar, pensem no seguinte, Jardim foca todas as vezes (desde que haja resistência para pesquisar) uma razão de ataque, uma alerta, a criação de uma ficção sobre a verdade com a finalidade do PSD manter o poder sem fiscalização. Claro que em benefício de toda a trupe carnavalesca de dependentes, para que fiquem a salvo de poderem continuar a fazer boa vida, à sombra do dinheiro público, quer como empregados a termo certo ou precários à espera de concursos mafiados, como também os empresários do PSD, de sucesso, a salvo da "regularização" do ambiente económico comunista de protecção. Todos os que atentam aquilo que deveria ser o verdadeiro interesse da Madeira, madeirenses e portossantenses como tanto adora invocar. Quando ler nos textos de Alberto João "Madeira. madeirenses e portossantenses" substitua por Povo Superior, militantes e simpatizantes do PSD, a máfia no bom sentido, as famílias do poder ou os DDT de assalto ao erário público.
O problema é este, indisfarçável, depois de décadas do PSD no poder empobrecemos, estamos cada vez mais próximos de uma classe média sujeita à caridadezinha e ao assédio para votar no PSD, com os serviços públicos todos caducos e que só funcionam por cunhas. Temos cada vez mais dívida sobre as costas, e o que invocam para nós é um artifício de um rendimento ou benesse para eles.
Ora é mais poder para uma Autonomia que se endividou até mais não poder, ora são ataques à Constituição que decidiram não respeitar, ora são insultos gratuitos a quem se aproxima perigosamente das verdades inconvenientes à hegemonia.
Sempre que ficam em risco denigrem tudo e todos, dizem que eles até podem ser maus mas os outros são ainda piores, o problema é que isto é só retórica porque se nova gente fosse para o poder, mesmo sendo muito maus, muitos esquemas que nos amarram a uma situação sem futuro iam descer do comboio da máfia e ficar no apeadeiro.
Mas também é verdade que mentindo ou recontando, encontram sempre maneira de ser eleitos, ou pelo alto volume de dependentes ou pela adição de uma nova variável como os miras. O que significa que a oposição tem sido incapaz de construir uma estratégia que vá picando a anulação de cada ponto que constrói as vitórias do PSD Madeira em "puras mentiras".
Quando Jardim ou PSD apontarem para um lado deve olhar para outro, vire a cara e olhe para o oposto, o que há de verdadeiramente interessante está aí e esconde, é mestre do entretenimento. Jardim é a a"ama-seca" do poder que agonia com a herança que deixou à Madeira, dívidas, pobreza e instituições caducas ou controladas mas, ainda e sobretudo, a porcaria de líderes que deixou no PSD-M depois de matar todos os seres pensantes para obter o uníssono e o silenciamento do partido. Jardim come o pão que amassou, sabe que deixou incompetentes e mal formados mas a sua única preocupação é que um dia não lhe deitem as culpas tal como os Renovadinhos já começaram a ousar dizer dos madeirenses, por causa do Covid-19, mas que corrigiram porque seria terra de derrota ... convém dizer que são sempre Povo Superior por eleitoralismo.
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