Há dias incríveis no jornalismo

 

D urante um tempo, alguns jornalistas andaram a se vender, favorecendo à espera de serem compensados com um lugar na administração pública. Consumada a estratégia, mostraram como os seus relacionamentos obscuros e noticiosos, em benefício do Governo Regional ou da carreira política de alguns, foram compensados com chorudos vencimentos de 3500€, enquanto assessores de imprensa e outros cargos de confiança política. Falta o salto para o quadro, o golpe final.

Curioso é constatar que, antigamente, quando um político fazia uma travessia no deserto, por um caso ou uma derrota, fazia-no na política, agora, perante a promiscuidade entre empresários locais e o regime que compraram a quase totalidade da comunicação social (rádios locais e imprensa), é vê-los a provar a promiscuidade entre eles. Basta ver a guarida que alguns recebem na comunicação social para andar na berlinda de comentários e entrevistas. Provam que os altos cargos dourados são de facto rendimento para a vida e não para exercer.

Estamos perante uma pescadinha de rabo na boca e o total desprezo pelo mérito de outros indivíduos que nunca terão oportunidade com esta porcaria de jornalistas vendidos, no domínio da comunicação social dos DDT's, financiados por publicidades absurdas do governo e agora com a participação dos políticos a se fazerem de jornalistas para lavar as cabeças da população. Agora a notícia é uma questão de poder ou publicidade? Os compadrios e a intensa promiscuidade, violentam os cidadãos decentes com assédios de toda a espécie.

Os jornalistas andaram a fugir da insegurança dos seus órgãos de informação, enfraqueceram os trunfos dos mesmos e deixaram-se vender por tachos. Assim abriram brecha no que é verdadeiramente jornalismo, cederam lugar à compra dos órgãos por DDTs e cederam aos políticos o lugar do jornalismo de mão beijada. Cada vez mais, jornalistas sabujos cedem passagem, tornando-se um brinquedo desprezível na opinião pública e nas mãos de políticos que lhes mandam na casa.

Acabou a deontologia em muitos jornalistas desta região, informação idónea não pode ser reclamada por esta gente a toda a hora com maus exemplos. Há dias que se tornam caricatos pela junção de objectivos comuns de promoção. Por esta razão, a Madeira não pode melhorar, não há contraditório, debate de ideias, tão só pactos de não agressão e desprezo pela exigência, escrutínio e fiscalização. Assim nada muda, por isso não há resposta para a crise nem temos futuro. Passamos o tempo a ver chafurdar, chafurdar e chafurdar.

Como uma mão lava a outra, veremos no futuro os chafurdões a cobrar um lugar no El Dorado da Função Pública. Como foi nojenta venda do Jornal por 10.000€ (Jornal e Rádio), executado por um administrador a mando de um sem malícia, que vendeu barato ao amigo do betão, que depois teve emprego pelo próprio sem malícia no Governo e regressou ao novel órgão de informação, tudo às claras e a gozar dos eleitores e contribuintes. Todos os dias, mostram como nunca deveriam existir, afinal tudo continua igual e o GR sustenta num novo embrulho.

Há quem consiga ser vice-presidente na ALR e jornalista ao mesmo tempo, quando deve ter oportunidade com artigos de opinião e não para a manipulação da opinião. Imagino que o Sindicato dos Jornalistas não vê nada nem perguntou pela carteira profissional. Há jornalistas que nos oferecem lixo informativo e há gente sempre a repetir as mesmas tretas quando falha nas alturas em que mais precisamos. Da outra vez faltava um radar, agora mais estações. Vira o disco e toca o mesmo, não há nada que faça esta gente ter a decência de colocar o lugar à disposição, porque o poder dá o exemplo que se vê, são profissionais da política ... todos eles!

Tal como uns recebem cargos de técnicos especialistas para fazerem política e serem candidatos, outros são vice-presidentes da ALRAM para fazer entrevistas e coleccionar apoios. Ainda veremos o caricato de uma entrevista ao Presidente da ALRAM?

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.