Ecossistemas Culturais

 

A pareceram uns fungos, que ao contrário dos que encontramos na nossa floresta Laurissilva, não contribuem para qualquer tipo de equilíbrio, nem têm um propósito ecológico. De facto, fungos e plantas necessitam de medidas de conservação comuns, sendo fundamental referir que a diversidade de fungos depende da diversidade de plantas (e vice-versa!), pelo que distintas florestas possuem distintas microfloras.

O que assistimos atualmente no que representam as distintas florestas do mundo da arte e do espetáculo da região, é que a invasão de pragas que preconizam 46 anos de dúbia governação, proliferam, asfixiando toda a biodiversidade que é urgente preservar, especialmente aqueles ecossistemas que identificamos como sensíveis na criação. O nosso secretário regional do turismo e cultura, entra em conversas num espetáculo on-line, que promove o encontro entre diversos cantores madeirenses e os espaços museológicos sob alçada do Governo (jornalista independente?). 

Na consulta do contrato público das Visitas Cantadas e, como em tantos outros que encontramos nesta plataforma, está o mesmo nome empresa e o mesmo nome de um envolvido. São tal como uma trepadeira num ecossistema sensível, asfixiam e oprimem todas as outras espécies que lhes rodeiam para que possam cobrir ao máximo e controlar o crescimento (mas isso são outras "estórias do monopólio e testas de ferro"). 

Podemos constatar que este serviço foi pedido a uma empresa de som, através da seguinte descrição : "Serviços artísticos dos músicos, de playbacks, de sonoplastia, iluminação e fornecimento temporário da demais logística necessária à realização e gravação de 10 espetáculos com diversos artistas nos Museus do Governo Regional, em diversos concelhos da RAM". (link)

13.750,00 € para a "Cooltura". O mínimo de valores estabelecidos para pagamento neste evento aos artistas foi entre os 100€, 250€ e 700€. (?!) Que espetáculo único, que divulga os valores artísticos madeirenses é este?.  Assistimos a um atentado ambiental sempre que vemos estes nomes ligados a lugares de chefia na DRC e a empresa de som associada na contratação de serviços artísticos dos músicos. Prosseguindo para mais um evento, mas agora dentro dos ajustes diretos celebrados , temos o tema " Madeira" (link). Este projeto custou 10.965,00 €. 

Quem está no meio, sabe quais os valores mínimos para aluguer de material, gravação de vídeo, música e pagamento de serviços a músicos. Segundo cantou um melro-preto, nem o autor da música foi pago pelos direitos de autor ...(?!). Quem se beneficia verdadeiramente com estes valores? Os artistas não serão de certeza absoluta. As Quarantine Sessions, os artistas que por lá passaram, NINGUÉM foi pago, o Pianista no seu autoproclamado mandato como embaixador da Cultura, decidiu ajudar a sua classe,  com gratuitidade. A diretora regional da cultura, Teresa Brazão e o seu braço direito Maria da Paz, precisam de um "update", precisam de se reformar desta área, e (na introspetiva que obrigatoriamente têm de fazer quando repousam a cabeça no travesseiro) devem questionar-se, sobre este jogo e os seus jogadores.

Haverá dinheiro suficiente para silenciar todas as pessoas que sabem demais após serem denunciados estes atentados ambientais?  Se com valores como 10 mil euros conseguimos realizar eventos com duração de 48 horas com 4 horas de música, em cada dia, ao ar livre, incluindo custos com serviços técnicos e serviços artísticos, porque é que estes dois eventos, mais uma vez promovidos pela Sra. Maria da Paz e DELTASOM com um conteúdo tão simples, custam mais caro? (faz-me lembrar um Funchal Jazz festival que custou quase 300 mil na altura do PSD na C.M.F e quando houve a "mudança" a única coisa que diminuiu foi os custos associados, controlados pelas mesmas pessoas que aqui mencionei. Ou é do malho, ou é do malhadeiro. É com imensa pena que constato que alguns músicos e profissionais ligados  a área, compactuam com a proliferação desta infestante e chegam ao ponto extremo da espécie, o canibalismo.   

Levam sempre os mesmos (vão criando mais "rabos presos") porque interessa manter aqueles que não questionam muito, nem ameaçam o "saco azul". Será por isso que projetos de interesse cultural dentro da área do património cultural e arqueológico não são aprovados, porque não conseguem tirar dinheiro para o bolso? (fica a dúvida)

Sr. Eduardo Jesus tenha atenção porque pessoas como estas que rastejam como invertebrados, sem escrúpulos, em nada contribuem para a salvaguarda dos verdadeiros interesses artísticos, muito pelo contrário. Cuidado senhor secretário, estar associado a pessoas como estas, asfixiam a sua imagem e são fagulhas incendiárias para que lancem dúvidas. Será que também o senhor faz parte deste ecossistema? Será que compactua com este jogo corrupto, poluído e incompetente?

Tal como a nossa floresta Laurissilva, que necessita da nossa constante proteção, a Cultura, o mundo da Arte e do Espetáculo também. Estes ecossistemas são nocivos ao equilíbrio de criação existente na comunidade artística da Região, são nocivos ao carácter de quem faz parte dos mesmos e retiram a possibilidade da diversidade para dar lugar a negócios obscuros, sórdidos e ofensivos a todo aquele que além de se considerar artista, carrega consigo o bom-senso e a justiça.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 31 de Janeiro de 2021 08:22
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O sectarismo invadiu toda a governação?