Quadro do Diário de Notícias, link. |
P or deixa andar, pela Festa e o Turismo, para ser popular (se calhar é populista), por teimosia, por orgulho de ser quando querem, quase todos os elementos do Governo Regional contribuem para um nó cego no que a Covid-19 diz respeito. Estão em contra ciclo com toda a Europa que usou a Festa para confinar. Neste momento, vastas áreas da sociedade e nas mais diversas áreas, lançam alertas ao GR, no CM, para onde endereço este texto para publicação também já li. Observemos:
1. Ver quadro referente à covid 19 na Madeira (DN)
1.1. O limite para ser declarado zona de risco elevado foi ultrapassado, no Funchal e em Câmara de Lobos. Agora não há cerca sanitária? Por muito menos colocaram-na em Câmara de Lobos, durante a primeira vaga.
1.2. Os dias vão passando e o governo ainda não se reuniu para implementar um plano de contingência? Ou será que esse plano não existe? Então, mexam-se e tracem um plano consistente e não divulguem medidas avulsas ao sabor do momento e humores de quem as toma.
2. Existe ou não capacidade de testagem em larga escala na Madeira?
2.1. Muitos estudantes não foram chamados para efectuar o segundo teste, alguns já regressaram ao continente sem que se concretizasse a estratégia mirabolante e bem publicitada pelo governo.
2.2. Há quem faça o teste e fique demasiado tempo à espera de resultado e, quando essa pessoa liga para saber algo, fica pendurado no telefone…
2.3. O problema é meramente logístico e o pessoal de enfermagem e número de testes disponíveis são suficientes? Estão eles à mercê de uma má orgânica? As horas de cada dia não esticam para fazer frente a todo o trabalho?
3. Como é possível o Miguel Albuquerque dizer a boca cheia que vai testar toda a população escolar se está a ser complicado gerir em tempo útil as situações relativas a turistas, estudantes e residentes na ilha? Parece apenas marketing político que ilude aos mais incautos e, depois, se torna ridículo pelas contradições entre discurso e a realidade.
3.1. Testar cerca de 50 ou 60 mil pessoas associadas às instituições escolares, a 2000 testes por dia, com toda a logística e pessoal que isso implica, levaria à volta de um mês. Então, como é que é, a estratégia visa a segurança das pessoas, mas, durante um mês, pelo menos, andariam alunos, professores e funcionários a potenciar possíveis contágios nas escolas durante tanto tempo, na sua vida “normal”.
3.2. E como conciliar tempo, pessoal e capacidade de análise das amostras para todas essas pessoas e, ainda, as que chegam pelo aeroporto? Bem fácil imaginar que não é praticável, se até com menos trabalho não está a ser célere como desejaríamos.
3.3. Estariam a fazer essa ronda de testes e teriam de fazer pausas para testagem e resolução dos casos que fossem acontecendo nas escolas até fevereiro.
4. Miguel Albuquerque gosta de tomar decisões e anunciá-las de acordo com o que lhe parece mais popular no momento sem que, previamente, veja os prós e contras, analise convenientemente a viabilidade dessas opções. Ele acaba por dar aos madeirenses a ideia de que se pode olhar para as regras com alguma leviandade, pois elas vão sendo concretizadas aos poucos, como vai sendo possível e se não correr bem não faz mal. Os alunos irão estar nas escolas expostos a repercussões das festas até que lá chegue o dia em que sejam chamados a testar. Passando os olhos na comunicação social, outros já se mexem, Matosinhos com testes rápidos (link), Mangualde com os alunos em casa (ensino à distância) (link).
5. Já estamos habituados ao “faz o que digo e não faças o que eu faço”. Por exemplo, não se juntem em refeição com os colegas de trabalho mas eu posso ter convívio com meus secretários.
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