D eparei-me este fim-de-semana com mais uma publicação da Associação Conversa Amiga a informar que tinham disponíveis “por aí” caixas de donativos a solicitar a contribuição das pessoas (ver imagem em anexo). Pergunto-me: Quantos destes donativos chegam realmente às pessoas? Vejo que têm muitos projetos (bonecos), mas o que realmente estão a fazer? Estes donativos são para quê propriamente?
Daquilo que sei, a Associação é a única entidade que intervêm com os sem-abrigo que ficou de fora do Plano de Contingência da Madeira para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (leia-se Pavilhão dos Trabalhadores). Esta associação ficou de fora por ter exigido 20 mil de euros para coordenar este Plano (ver notícia do dia 13 de Julho de 2020, do Diário de Notícias da Madeira).
É uma situação a lamentar considerando que diz ser uma associação sem fins lucrativos! Ou seja, além do balúrdio do valor solicitado, adivinhe-se ... usou as redes sociais para solicitar donativos para “reforçar o material de saúde”, pois estava a trabalhar no Plano de Contingência para a Madeira (ver imagem em anexo). Por alguma razão, esta Associação nunca se constituiu IPSS …
Mais uma vez, pergunto: Para se aproveitar dos “desgraçados”, vale tudo?
O projeto Cacifos Solidários, implementado no Funchal, está patenteado em nome pessoal do presidente (Sr. ****** *****), e o mesmo cobra Royalties pela propriedade intelectual do projeto (ver em https://euipo.europa.eu/eSearch/#details/designs/004680783-0001). Sobre este projeto tenho algumas questões: - É dado um cacifo às pessoas, e depois? O que é realmente feito? Quais são as respostas que existem? Uma habitação com três quartos? E o resto? O presidente da associação tem um discurso muito bonitinho, gosta de falar deste projeto e diz que as pessoas ficam integradas, mas onde? Continua-se a ver as mesmas caras pelo Funchal, e há cada vez mais pessoas na rua. Porquê continua a falar deste projeto e faz tanta publicidade do mesmo? Por que vai ganhar com isso!
Já que estamos a falar do presidente desta associação (Sr. ****** *****), existem gastos realizados em nome da associação que são gastos pessoais do próprio, o que revela má gestão e aproveitamento de dinheiros públicos destinados a uma causa (ver documento em anexo que comprova a casa em que viveu o Sr. ****** ***** às custas da associação). Para além de que é um “chico esperto” que acha que é um entendido na matéria, mas não passa de um arquiteto que nunca se formou ou se especializou na área social.
Então … quer-se apoiar pessoas ou viver às custas delas?
Já agora, também fui ver os contratos que a Câmara do Funchal fez com esta associação (ver em: http://www.base.gov.pt/Base/pt/ResultadosPesquisa?type=contratos&query=adjudicatariaid%3D1154908). Não é para meu espanto, que me apercebo que não estão a ser cumpridos os contratos na sua totalidade. Passo a explicar … segundo o contrato de 2017, foram implementados 12 cacifos solidários, no Campo da Barca. Até aqui tudo bem, mas depois, ao ver o contrato assinado em 2018, apercebo-me que deveriam ter sido implementados mais 12 cacifos. Onde é que eles estão?!
Contrato de 2017:
Contrato de 2018:
Sei também que a Associação intervinha em Lisboa, mas que por “guerras” com toda a gente e por não cumprir com os contratos com a Câmara de Lisboa, foi tudo à vida e os projetos estão ao abandono … deve ser por isso, que a Madeira é a sua tábua de salvação (leia-se aproveito próprio). Isto é o que eu sei, mas se tentarem pesquisar informações vão-se aperceber que há mais do que isto.
Infelizmente, muitos se aproveitam dos “desgraçados” e não podem ficar impunes. Não podemos deixar estas situações continuarem, enquanto quem realmente precisa não tem.
Neste momento, o tema dos sem-abrigo está na moda, mas não pelas melhores razões. Depois ainda dizem que ficar na rua é uma opção … sim, realmente isto acontece quando o dinheiro que é para os ajudar a mudar de vida nem lhes chega.