As novas medidas de confinamento

 

D epois do exemplo dado pelo presidente do Governo Regional da Madeira com sua comitiva no dia 23 de dezembro, no Mercado dos Lavradores, onde, como disse o sr. presidente, cumpriram o rito de "devorar" as tradicionais sandes de vinho e alhos, como seria de prever, a população madeirense seguiu-lhes o exemplo e também cumpriu a tradição de festejar "à grande" a quadra natalícia, mas, também, como deveria ser previsível para estes ilustres governantes, em janeiro chegariam as consequências desta incúria, e chegaram mesmo ...

O resultado é que o número de infetados não pára de aumentar e aquilo que transmitem para a comunicação social é bem inferior à realidade que se está a viver nos bastidores dos serviços de saúde, porém, como Pôncio Pilatos, o nosso digníssimo presidente lava as mãos e atribui toda a responsabilidade ao irresponsável povo madeirense.

Agora, anuncia novas medidas, um confinamento de miséria, que só acabará mais rapidamente com a já moribunda economia que há  muito se encontra em cuidados paliativos. A machadada é mortal, definitiva!

Mas isto ainda não acaba aqui, a seguir vem a fome para quem está a trabalhar: - como acha o sr. presidente que, por exemplo, um casal que trabalha das 09:00 às 17:00, ou 17:30, vai conseguir ir comprar bens alimentares, de primeira necessidade, a um supermercado que encerra às 18:00?

Obviamente que o sr. presidente e seus congéneres não estão preocupados com isso, porque podem ir onde e quando assim bem o entenderem, melhor ainda, podem fazer a lista das compras e mandar os seus subordinados em seu lugar e até lhes carregarem as provisões à luxuosa mansãozinha.

Quanto à economia, que se dane o miserável salário do zé-ninguém, porque os milhares deles, a cada mês, estão sobejamente garantidos.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 12 de Janeiro de 2021 11:10
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