Paciência de chinês dá cabo dos Correios de Portugal

 

T odos nós sabemos como estão péssimos os serviços dos nossos correios, qualquer um mas sobretudo o de encomendas fora do espaço europeu. A situação arrasta-se há anos, sem mais remédio e para não perder mercado, os vários serviços postais de encomendas na China deram solução e o mote para tentar resolver o assunto.

O problema é sempre este, tudo funciona no espaço de 2 a 4 dias e com tracking até a chegada a Lisboa, ali, nos armazéns dos CTT, os serviços paralisam. As encomendas ficam em média de duas a quatro semanas em armazém, algumas desaparecem e quando se reclama não dão com elas mas depois até podem aparecer miraculosamente em casa. Claro que outras não aparecem e inicia-se o processo lento e mal pago de aceitação da queixa e pedido de pagamento do valor em causa. Saímos sempre furibundos. Das coisas mais irritantes nos serviços dos CTT é a imprevisibilidade e não fiabilidade do serviço de tracking. Muitas vezes parece que é aí que querem esconder o mau serviço. As queixas são em Tsunami, a ANACOM avisa e castiga mas nada melhora.

Acontece que os diversos serviços postais da China encontraram uma forma de melhorar o assunto, vejam bem como uma má empresa nos destrói a reputação e até afugenta impostos ao país. A solução passa por agora entregar as encomendas a outro país europeu com melhor serviço, seja directamente ou como firmas de reencaminhamento, que usam os eficientes correios de um país da União Europeia, pagam lá os impostos se houver lugar a isso e de lá, "sem espinhas", e com origem de um país europeu com entrega imediata no nosso país, sem passar pela Alfândega, os chineses conseguem entregar a encomenda com menos uma a três semanas ao consumidor e remetente final.

Neste quadro, os países já detectados para servirem de entreposto são a Alemanha, a Holanda, a Bélgica em larga escala e a Suécia e a Espanha em menor quantidade.

A ilação que se retira é que os nossos serviços portais, incluindo a Alfândega, prestam tão mau serviço e por muito tempo, que a fábrica do mundo consegue resolver em parte o problema português num país estrangeiro. O país fica a perder muito dinheiro de impostos, em valores acima de 20 e poucos euros, encaixados por outros países europeus por culpa própria.

Finalizo observando o seguinte, se fizermos as contas de quanto perde o país nestes impostos, não chegaremos à conclusão de que esta é, por ventura, a privatização mais mal parida da era Passos Coelho e do que perdemos em impostos dava para renacionalizar estes serviços?

Agora deite-se culpas a outros países que por serem mais eficientes nos ganham com uma perna às costas, este é um exemplo claro de como dá prazer pagar impostos noutro país, é que por cá o Estado vai se acostumando a que os impostos que pagamos não tenham retorno em serviços e assistencialismo, cada vez pagamos mais directa ou indirectamente, cortam-nos tudo para sustentar as clientelas partidárias nos mais diversos níveis.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2020 09:23
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