O modelo económico do PSD está a matar

 



N ão temos governo nem autarquias para entenderem as dinâmicas comerciais, depois de numa região tão pequena inundarem-na com grandes superfícies, agora o Covid deu a machadada final, ninguém aguenta. Quando a cidade estiver com papéis de jornais perceberão que muitos alindaram-na sofrendo pela calada de portas abertas. Para alguns, o comércio local são os pobrezinhos a quem se faz uma graça promocional da sua condição, de vez em quando, e sentem-se ilibados do mal que fazem ao mercado com as suas decisões. Acham que as suas iniciativas pontuais de falsa solidariedade duram o ano inteiro. O problema está nas suas decisões que duram todo o ano.

O comércio local, a grosso modo, são de chefes de família, o que acaba por contagiar em sentido mais lato os já existentes problemas sociais em duas vertentes, no dos funcionários e dos próprios empresários, sabendo de ante-mão, como bem disse já um hoteleiro, um empresário em Portugal vale "uma puta em Espanha". Depois queixem-se de que os empresários, que podem, deslocalizam as suas sedes para outros países. Simplesmente têm mais garantias nos investimentos e protecção pessoal. Quando tanto se fala em impostos, que é sem dúvida importante baixá-los, não entender que a Madeira está a arruinar a iniciativa privada só acontece porque não existe no Governo experiência para além do tachismo, do funcionário público com vencimento que não falha e de deputados saídos de interesses partidários e não de representação de toda a sociedade madeirense.

A Madeira, a partir de janeiro, aumenta drasticamente o número de pessoas das mais capazes para terem iniciativa, irremediavelmente perdidas como activo da economia, os que aguentaram mesmo até ao fim das suas possibilidades mas que nunca viram a pandemia lhes compensar com o seu fim ou ter um governo regional realmente interessado em salvar o tecido empresarial. Ao governo basta-lhe anúncios para cativar a grande massa.


Reparem que, ou os empresários fazem o que não devem, cuidam da sua vida recaindo o ónus nos empregados ou ficam na penúria. Nenhuma das soluções é aceitável mas perante as circunstâncias alguma será opção. Advirto que os empresários em insolvência na empresa, se assinaram com garantias pessoais, verão a sua vida esventrada, a família destruída, o nome no Banco de Portugal, penhoras e agentes de execução à porta de casa, os bancos a activar a prioridade de lhes ficar com os bens (quando os contribuintes nunca deixam um banco cair), tudo porque no passado assinaram com garantias pessoais ou agora, na infindável crise, acederam a "apoios" envenenados.

Depois desta crise, a Madeira vai se ver com cada vez mais grandes superfícies, as cidades sem lojas, montras com papel de jornal e uma imensa sociedade que vai querer toda ser funcionária pública, é impossível à iniciativa privada estar com sucessivas crises num mercado com fraco poder de compra e nunca endireitar costas. Empresários e funcionários vão querer emigrar porque isto assim não dá e estamos ou no início de vida para apostar certo ou em meia idade que tem que acelerar para ter uma reforma condigna. Nivelamos por baixo. Para fazer obras nunca se elevou a condição social dos madeirenses, o que seria importante agora para aguentar a título pessoal, a melhor situação até sob o ponto de vista do GR, que é ignorante em como acudir, só sabe trabalhar a caridadezinha eleiçoeira, dependente e servil.

Ontem soubemos do CINM, estão todos "esbafuridos" com a situação, o inimigo não é externo, é local, mais ninguém geriu a sociedade, e entre eles estão muitos bem da vida, que fugiram a impostos e que estão mais interessados em sugar para si em vez de serem contribuintes condignos. E, novamente, um empresário que vê isto diz para si mesmo, esta terra não é para se investir mas para fugir, até porque pelo CINM vimos muitos crescerem com concorrência desleal e apadrinhados por uma segurança social que esquece dividas.

Assim não dá! Com o mesmo trabalho numa economia maior e com melhor poder de compra não se passa vexames. Agradeço ao CM o facto de existir, porque a opinião pública tem que saber as coisas como são ... sem exposição

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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 5 de Dezembro de 2020 07:49
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