Exploração laboral

 





A
exploração laboral é um fenómeno típico dos espertalhões, os que acham que controlam suficientemente o sistema para poder prevaricar, abusando do estado de fragilidade dos funcionários. Alguns empresários sem escrúpulos, procuram o enriquecimento fácil à custa dos trabalhadores e, é nas crises económicas que melhor os distinguimos, com seus artifícios propícios para a exploração laboral e sacar algum ao governo. Preferem um escândalo do que usar o seu capital. Vamos ser claros, quem controla o governo e os seus organismos de defesa das condições de trabalho tem uma conjuntura favorável para o abuso. Já houve muitos casos e continuará a haver.

Por isso surgem expressões:

Quem não quiser pode ir embora, tenho venezuelanos prontos para trabalhar a 400€

É uma expressão nojenta, que mostra a categoria do empregador e que atenta contra a dignidade do empregado e do desempregado. Aqui alguns começam a pensar melhor sobre as intenções de alguns que lhes passam a mão no pêlo na política e que agem assim nos negócios.

Há empresários e empresários, há os que sobem a pulso e honram os seus compromissos, porque vieram de baixo e respeitam as suas origens tratando bem os seus funcionários. Outros são simplesmente bem formados, com ética, cultura, honra e falam de forma honesta, independentemente do seu estatuto social.

Espertalhões na Madeira, temos muitos! São forjados normalmente na excepção, coladinhos ao poder e sentem-se parte integrante da impunidade do regime. Com esta pandemia, é caricato verificar que normalmente os empresários que sobem a pulso aguentam muito mais os compromissos e não esperneiam, têm sentido de honra e sofrem calados. Depois há os tais, que, usufruindo de condições extraordinárias e que andam a comprar todos os bons estabelecimentos que aparecem, quando chega a hora de mostrar o que valem com os funcionários, são os primeiros a usar esquemas.

A bota não bate com a perdigota, há dinheiro e também muita manha. Este processo não é estranho, porque no produtor de cervejas e refrigerantes também espremem os funcionários, sobretudo os vendedores até ao tutano. Parece que a boa vida de uns é sacada do trabalho no duro de outros que recebem umas migalhas. Esse processo chegou aos bares do grande gestor que costuma mandar bocas a toda gente, com respectivo lacaio testa de ferro. As bebidas a custo excepcional não dá para pagar?

O que estão a intentar não é adiar um pagamento de vencimento mas saturar e assediar o empregado para que se vá embora sem custos, depois emprega outro a 400€??? Vários funcionários receberam os mesmos documentos em anexo. Obrigam os funcionários a assinar, sob a ameaça de despedimento e ainda jogam na cara que têm venezuelanos a 400€, só possível com Ricos caras de pau, o empresário do regime e da política e o seu testa de ferro. Privam os funcionários para depois exigir mais apoios, as entidades deveriam estar atentas sobre o fim desses dinheiros ...

Perante todo o controlo, resta aos funcionários os meios de comunicação e as redes sociais para relatar os abusos à Opinião Pública. Os consumidores têm a opção de não comprar produtos às empresas relacionadas com a exploração laboral. Assim, se o governo não activar as ferramentas para perseguir este flagelo, especialmente a inspecção de trabalho, vão valer bem menos do que a pressão da Opinião Pública!

A excepção e a impunidade criam neste caso o sentido de imunidade. Nesta pandemia assistimos, em directo, aos empresários que são uns senhores e que se distinguem dos sôfregos. Todos a passar pelas mesmas dificuldades.

Este era um bom tema para "O debate da semana" na TSF, aproveitando a presença do fala grosso.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2020 21:50
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