Em defesa dos supermercados

 

Quando todos bateram em retirada para o confinamento,
não tivemos mais remédio do que ficar,
cumprindo uma função essencial na sociedade. Sempre.
Nunca se ouviu um surto de Covid-19 num supermercado da região,
apesar de nós caixas lidarmos com toda a gente. Num hospital sim.
Se forem honestos, recordarão que há distâncias a respeitar nas caixas,
que por cada vez que são atendidos, todos nós caixas,
passamos um pano desinfectante no tapete, no teclado do multibanco e desinfectamos as nossas mãos.
Todo santo dia lidamos com dinheiro, que alguns dizem ser transmissor.
Vocês imaginam como ficamos, finalizada cada jornada, com as mãos?
Não vi em nenhum colega com uma atitude de medo ou repulsa,
todos foram leais ao serviço e na defesa da Saúde Pública.

Ontem percebi que nada disto vale a pena.
Os supermercados deveria mesmo fechar e já.
Depois o GR resolve da maneira que sabe.

Há caixas formados muito mais cultos do que governantes,
só não tiveram oportunidade e a sua honra não está num chorudo ordenado,
mas sim fazer bem o seu trabalho. Outros não o fazem.

Os funcionários dos supermercados são heróis anónimos na linha de frente da pandemia. Não apenas correm o risco de infecção para manter as famílias com as despensas cheias, como também oferecem uma das últimas oportunidades de interagir com outro ser humano. São forçados a lidar com reclamações intermináveis ​​de clientes ansiosos sobre produtos sem stock e atendem com serviços especiais (não visíveis) para idosos com responsabilidade. As pessoas não dão valor aos trabalhadores dos supermercados e ao que se faz silenciosamente todos os dias. Ontem percebemos perfeitamente o que somos na cabeça de alguns que deveriam ter mais capacidade de ver as coisas.

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 22 de Dezembro de 2020 11:48
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