Diabolizar Ana Gomes é cavar mais o buraco

 

D iabolizar a Ana Gomes para verter o fel das entranhas, não é nada bom prenúncio para o que aí vem contra a Madeira. A senhora tem excelente imagem na Europa. Quem geriu como aqui o CINM foi a Madeira, mais ninguém. A quem cedeu, a quem permitiu, a quem aceitou, a quem fechou os olhos, a quem, a corte de alfaiate, permitiu que alguns fizessem um hotel de borla por ano ou juntasse a riqueza de África. Os casos de branqueamento de capitais (como de Isabel dos Santos) ocorreram no CINM, mas outras coisas mais com armas e droga. As inúmeras empresas do tipo caixa postal, de dezenas ou centenas com a mesma morada no Funchal, sem funcionários, aconteceu no CINM. O que Ana Gomes quer é limpeza e aqueles que se deixam intoxicar pelo Governo Regional, culpado de tudo (mais ninguém), com medo de perder o emprego e juntando-se ao carrasco, tomam a pior decisão possível. O lado certo é Ana Gomes com a moralização da praça financeira.

É completamente estúpido dizer que "Ana Gomes foi a pessoa que mais mal fez ao CINM", ela simplesmente mostrou os que realmente fazem mal à praça financeiros, em sucessivos escândalos, os seus clientes, os que o CINM por má fama consegue atrair. A partir daqui, não resta mais remédio do que detalhar com nomes, assuntos, prevaricações e valores e expor publicamente, tal como os Aliados na Segunda Guerra Mundial trouxeram os cidadãos alemães a ver os campos de concentração.

Esta tentativa de moldar uma narrativa com inimigos externos está batida, pode até produzir resultados para consumo interno mas na prática, manter o CINM aberto noutros moldes que não permitam abusos aos de fora e aos daqui, é o único caminho com futuro. O fel de Pedro Calado e de Miguel Albuquerque fora da Madeira valem zero, como aliás muitas figurinhas da Madeira. Basta ver o que as companhias de cruzeiro fizeram à Madeira ...

Tenho a certeza, de que se Alberto João estivesse no poder, já teria percebido que é hora de mudar o jogo, e com aquele latão que teria certamente, bateria diplomaticamente em retirada e até almoçaria com Ana Gomes. Saberia que a hora era de defender a Madeira com um CINM, em vez de jogar todas as fichas para os amigos manterem o posto avançado de fuga aos impostos. É que não sei se sabem, mas não se ouve a senhora a perder em tribunais nacionais e na Europa ela joga em casa, depois de muitos anos a virar frangos, iguais a Albuquerque e Calado.

A posição da Madeira vai trazer mais contrariedades, muito para além do CINM. Os madeirenses de bom senso sabem que isto tem um grande potencial para implodir e servir de exemplo aos outros. Nada melhor para ensinar os grandes a mudar do que dar um exemplo com um pequenino, que já pouca gente tem paciência de aturar com as verborreias malcriadas.

E já agora ... as ribeiras não passaram teste algum, viram águas como as do 20 de fevereiro dentro das ribeiras? O que vi foi uma Madeira seca a percolar avidamente terra abaixo. Bendita chuva que caiu normalmente cadenciada para dar tempo com alguns registos de maior que não encheram as ribeiras, elas estiveram razas. E de novo, fechem a boca com os controlados, porque se uma destas tempestades que se desviam para norte ou para sul da Madeira se entende apanhar em cheio a conversa muda. Este GR só deixa tiradas para memória futura.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 6 de Dezembro de 2020
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