Depois de vacinados podemos infectar os outros com Covid-19?

 

Estimados senhores do Correio da Madeira, como vocês estão muito à frente, peço que por favor republiquem este artigo por ser muito pertinente para o momento que vivemos. Não é um original mas contém informação valiosa que carece de ser divulgada como "serviço público. É que a par do laxismo, observa-se um relaxamento de que agora vamos ter vacina mas temos um longo caminho a percorrer! É preciso instruir o povo e não andar sempre desvalorizando que anda tudo "controlado". Os nossos números estão a crescer paulatinamente.

Covid-19: Podemos continuar a ser portadores e infetar outros, mesmo depois de vacinados?

A pesar de nos protegerem contra o novo coronavírus, não há ainda evidência de que as vacinas impeçam a reinfeção assintomática. A DGS e especialistas aconselham a não abandonar as medidas de proteção e contenção do vírus.

A vacina chegou e com ela a esperança de podermos voltar a viver dias mais ligeiros, abraçar as pessoas de quem mais gostamos e ganhar um pouco mais de liberdade. No entanto, e ainda que os especialistas considerem o início da vacinação um marco no historial da pandemia em território europeu, levará ainda algum tempo até deixarmos de usar máscara, manter a distância de segurança, desinfetar as mãos ou seguir outras medidas de proteção individual.

Esses hábitos têm de nos acompanhar, porque as vacinas foram concebidas e testadas para nos protegerem contra a Covid-19, mas ainda não há garantia que não possamos ser reinfetados, sem manifestar doença, e transmitir o vírus a terceiros

explica o epidemiologista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Manuel Carmo Gomes, acrescentando

Além disso, as vacinas não têm 100% de eficácia e nunca sabemos se não fazemos parte daqueles 10% ou 15% que não ficaram protegidos.

A informação disponibilizada pelo portal que a DGS criou (especialmente dedicado à vacina contra a Covid-19), confirma as palavras do especialista, incentivando a população a ...

... continuar a observar todas as medidas preconizadas para a sua proteção e contenção da transmissão, incluindo o uso de máscara”, mesmo após ter sido vacinada.

Também o pneumologista Filipe Froes apela ao altruísmo dos portugueses e relembra que:

até haver imunidade de grupo é muito importante manter comportamentos de prevenção para proteger quem ainda não foi vacinado.

Manuel Carmo Gomes assegura que o facto de não estarmos livres de ser reinfetados, ficando assintomáticos, mesmo recebendo a vacina, “é algo comum em vírus respiratórios”. E explica, “ao contrário dos vírus do sarampo, da varicela ou da varíola, cuja capacidade de causar doença depende de uma multiplicação generalizada no sangue, os vírus respiratórios, como o coronavírus, começam por infetar o trato respiratório superior, podem causar doença sem ter uma multiplicação no sangue”. Ou seja, mesmo imunizados, nada nos garante que não possamos voltar a inalar o vírus, que ele infete o trato respiratório superior e que, mesmo sem o ultrapassar nem causar doença, se mantenha lá e possa ser transmitido às outras pessoas.

Manuel Carmo Gomes revela ainda que a única farmacêutica a ter testado a possibilidade da vacina evitar este processo de reinfeção assintomática foi a Astra Zeneca, chegando à conclusão que, usando o esquema de administração que tem mais eficácia (meia dose, uma dose), a vacina parece diminuir em 59% o risco de ser reinfetado e ser portador. “Mas isto são apenas resultados preliminares e eu não me admirava que estas vacinas não fossem muito eficazes a evitar que os vacinados possam ser portadores”, avisa o epidemiologista.

In Visão

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 29 de Dezembro de 2020 23:51
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