Carne com vírus?

 

C om o aproximar da época festiva onde se sabe que o aumento do consumo de carne é maior, alguns consumidores mostraram algumas preocupações, que se diga legítimas, pela segurança do consumo de carne importada de países da América Latina como o Brasil e Argentina onde a disseminação da COVID-19 atinge valores alarmantes entre a população. 

A preocupação dos consumidores surge do facto, de há vários meses desta data, a China – que é o maior importador de carne do mundo - anunciar ter encontrado vestígios de coronavírus em carnes importadas de países como o Brasil, Bolívia e Nova Zelândia.

Embora a eventual contaminação dos alimentos por coronavírus seja assustador para o consumidor, a OMS-Organização Mundial de Saúde já declarou que o risco de um humano ser infetado com o vírus sars-cov-2 através da ingestão de carne congelada é muito reduzido.

Segundo as autoridades chinesas as mais de 7500 pessoas que se conhece que foram expostas aos referidos produtos alimentares com coronavírus testaram negativo, e que até à data não se conhece nenhum caso de infeção através do consumo de carne bovina, de porco, ou de aves, quando até já se sabe que afinal o coronavírus não teve origem no consumo na carne de pangolins ou de morcegos.

A dúvida que entende como compreensível nos consumidores é se levar uma mão à boca pode ser um meio de proliferação do vírus, então porque é que mastigar um pedaço de carne infetada não o é! A resposta está na ciência e na estatística, porque é muito mais provável que uma mão toque diariamente milhares de vezes em superfícies eventualmente infetadas que um vírus sobreviva à temperatura de um braseiro. 

Embora a China afirme que, até à data, não haja provas de infeção por ingestão de produtos alimentares, o mais estranho são as razões porque é que o Governo chinês decidiu de um modo alarmista suspender a importação de carne de países sul-americanos e, adivinhe-se, de alguns países europeus onde o controle de qualidade e segurança alimentar são rígidos.  

Segundo a DGAV- Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, em Portugal não foram detetados quaisquer vestígios do novo coronavírus em produtos alimentares importados ou nacionais. A responsável pela DGAV adiantou que todos os produtos importados são testados a 100% por equipas de médicos veterinários sendo seguro o seu consumo.

Assim, nada melhor para este Natal do que uma apetitosa sandes de carne vinha-de-alhos em que o mais perigoso para a saúde serão os comportamentos irresponsáveis e a ingestão abusiva de bebidas alcoólicas.

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2020 19:23
Todos os elementos enviados pelo autor. Imagem CM.