Aproveitemos a baixa produtividade da "Festa" para um confinamento

 

C omeçam a despontar casos de Covid-19 por todo o lado na Madeira e a estratégia de combate deve ser mais concertada do que precaver-se só com centros de dia. Percebo que o Natal e Ano Novo pode "salvar" alguma coisa no comércio mas, a partir de alguma data e por um período de duas semanas, normalmente é tempo de convívio e férias escolares. Quando estamos todos com receio do que virá de propagação após a "Festa", outros países estão aproveitar a oportunidade para dar uma machadada na propagação. A maioria dos governos europeus está a considerar um plano conjunto para um confinamento/paralisação durante a época festiva, porque os indicadores mostram que as restrições mais selectivas e menos rígidas, implementadas desde novembro, não conseguiram conter a pandemia de Covid-19 tal como o esperado. Por cá, ninguém mudou o chip! Os confinamentos nos países europeus acabarão por se reflectir na Madeira. Devemos acompanhar. A saber:

- O governo do Reino Unido está a considerar (ainda esta semana) se colocará a área de Londres no “nível 3” com medidas de confinamento e encerramentos mais restritos, incluindo de bares e restaurantes, já que os casos estão aumentando em toda a região da capital.

- Na Alemanha, o país que melhor resistiu à primeira vaga da pandemia Covid-19 neste ano, entrará em confinamento severo de 16 de dezembro a 10 de janeiro. Na Alemanha houve encerramento antecipado de escolas e também de lojas não essenciais. A chanceler Angela Merkel disse que as compras de Natal foram responsáveis ​​por grande parte do aumento de novos casos (vão pensando no que se passa na Madeira e colham exemplos) e, escolheu já o lado (entre Saúde e Economia), explicou que era função do governo prevenir uma sobrecarga dos sistemas de saúde e, por isso, havia uma necessidade urgente de agir.

- Em França, as restrições anunciadas anteriormente pelo presidente Emmanuel Macron deveriam ser amenizadas se o número de infecções caísse para cerca de 5.000 por dia mas, os últimos números mostram que o número ainda está por volta dos 12.000/dia. Teatros e locais de entretenimento permanecerão fechados até janeiro.

- Em Itália, que no Domingo ultrapassou o Reino Unido como o país europeu com o maior número de mortes relacionadas com o Covid-19, tem o seu governo a considerar colocar o país sob regras de confinamento para as “zonas vermelhas” de 24 de dezembro a pelo menos 2 de janeiro, mantendo-se a extensão do recolher obrigatório à noite e, ainda, a proibição de movimentos não essenciais e encerramento de lojas, bares e restaurantes.

- Nos Países Baixos, a intensificação do confinamento (que é total) vai até 19 de Janeiro, apesar dos protestos, sempre com a economia em vista.

Espanha, Suécia e Dinamarca também vão endurecer as medidas. O que pretendo com este passar de olhos, é mostrar como andam os mercados emissores do nosso turismo e a acção dos respectivos governos. Com este ambiente alguém pensará viajar?

Os governos são confrontados pelas indústria de lazer, viagens e entretenimento, que correm o risco de perder uma grande parte de suas receitas anuais nesta época festiva mas, a maioria considera as restrições contínuas como o preço a pagar para evitar uma terceira vaga do Covid-19, que se estima seja mais severa do que as anteriores. Começaríamos um 2021 já com a moral em baixa.

Há uma falsa ideia e alguma complacência no comportamento dos cidadãos depois de uma série de boas notícias recentes, sobre as promessas de vacinas bem-sucedidas mas, todos sabemos que é uma dura batalha logística e uma incógnita que poderá permanecer até às próximas férias de Verão.

Esta época festiva deve ser aproveitada por cair sobre um tempo de fraca produtividade para agir com um confinamento. A pandemia de Covid-19 ainda está longe de terminar e o GR deve agir com mais inteligência pois está a deixar correr ... janeiro será muito perigoso

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2020
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