B oa tarde CM, eu só consigo escrever para vocês no fim de semana mas leio quase tudo. Esta semana ficou marcada, pelo menos para mim, por uma entrevista do ministro Pedro Nuno Santos que, como sabem, não tem papas na língua mas, quando vi que estava José Gomes Ferreira o meu apetite aumentou e não fiquei defraudado.
O que gosto em Pedro Nuno Santos é o facto de ser dos raros ministros que não anda às voltas para dizer alguma coisa. A situação da TAP é periclitante e, não há volta a dar para segurar mais tentativas de mordomias. Ou encerra e vão todos para a rua e deixa de haver TAP ou então, cada um dá um pouco de si. Das frases mais marcantes temos esta:
O Parlamento devia ser ouvido e [ter-se] comprometido com uma decisão, lembrando que, nas votações na especialidade do Orçamento de Estado para 2021, os partidos anularam a transferência de capital do fundo de resolução para o Novo Banco. O ministro alerta que esta situação poderá voltar a acontecer com a companhia aérea.
O ministro está ciente de uma decisão que poderá marcar a história e não quer fazê-lo só, daí querer ir a debate no parlamento e ter o compromisso de todos, até porque será transversal a vários partidos, por alguns anos e a decisão pode sobrar para outras cores que cheguem ao poder. Parece-me certo e precavido.
A negociação com a Comissão Europeia será “uma interação difícil”, admite o ministro. Sem prazo definido, o Governo espera que em início de fevereiro já possa haver uma resposta definitiva da Comissão Europeia para um plano que o próprio ministro considera "agressivo. Se falharem as negociações em Bruxelas, a TAP é liquidada, avança o ministro.
À parte da situação da TAP, o que mais se destaca é a agressividade dos jornalistas para vingar ideias mas com o azar de escolherem um "péssimo" ministro para o fazer. A entrevista é digna de se ver, até porque têm surgido alguns textos a respeito do tema no CM. Peço que coloquem.
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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 13 de Dezembro de 2020 14:21
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