À porta da desgraça, fazemos vida de Dubai.

 

Q ueria fazer um desabafo no CM porque isto de facto anda tudo controlado. Nos jornais faz-se o historial de um ano com pouca história, foi Covid a dominar tudo e ... o mundo parado. Porque interessa ocupar espaço com tontices, os jornais chovem no molhado, dão os números lógicos de um ano contagiado pelas paralisações do Covid-19, que passou todo o 20 e vai chegar ao 21. Porque é da época, fala-se até do "cacagésimo" do fogo de artifício, elegem-se pessoas e personalidades do ano, uns com seriedade outros a lamber as botas dos seus proprietários e amigos. Os navios na baía para maquilhar foram a última grande conquista de mais um vazio efectivo neste faz de conta do Dubai dos pobres.

Do que ninguém fala mesmo é que estamos às portas de um início de ano desastroso porque vão acabar muitas moratórias, porque neste momento preparam-se encerramentos de empresas e em janeiro seremos surpreendidos ou por portas fechadas ou por liquidações. Ninguém fala de gente com 12 passas numa algibeira e uma nota na outra, sabendo que vai ficar desempregado e que será mais um a fazer número nos esquemas do GR de esconder os verdadeiros números. 

Neste momento ninguém conta no balanço do ano como tantos milhões anunciados não chegam aos empresários devido à maneira estúpida de organizar as coisas, onde os mesmos com as condicionantes da crise nem são elegíveis, a burocracia é imensa e suportam-se em empréstimos bancários à medida dos bancos e não das necessidades da economia. Para isto nem precisávamos do GR! Na ACIF está um homem célere a comentar em favor do governo e as matérias de quem o pôs lá mas, não na defesa dos empresários que estão em maus lençóis apesar de representá-los. Nos Jovens Empresários, todos ligados ao PSD, ninguém abre a boca, típico dos parasitas que querem saber de si e passar por entre os pingos da chuva, pela calada, e ficar na graça do GR. É agora que todos os esquemas e controlos colidem, não se pode ser do governo e dos necessitados, é preciso optar e abandonar os cargos para os quais não temos perfil. É preciso reivindicação séria e não combinanços cobertos por jornalistas sem escrúpulos.

Uma palavra para Ponta Delgada, que esteja errado, no início são todos solidários para a fotografia, depois a notícia vai esmorecendo, as pessoas retomam o seu lugar de anónimos e desconhecidos a sofrer sozinhos. Será que num ano de Autárquicas mudarão isto por interesse? É regra que passada a "folia" e dominadas as vozes, é eterna a espera por ajuda. Que o diga o 20 de fevereiro ou os incêndios.

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 29 de Dezembro de 2020 10:26
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