A montaria das Desertas



N a Madeira mandam-nos olhar para a salvação do Lobo Marinho, o animal, não o que extingue proximamente a economia da Ilha Dourada. O que mostra bem como as autoridades distinguem entre o bem e o mal. Hoje voltam a dar mostras de que sabem perfeitamente que não é assim que se resolve porque escondem os métodos e os resultados. Como já aconteceu com o veneno distribuído pela "preservação da natureza" e que gerou mortandade e contaminação.

Escondem a matança da "Montaria das Desertas", em toda igual à outra da Azambuja. Na terra das culpas, dezasseis caçadores pagaram entre sete a oito mil euros para participar numa montaria organizada por uma empresa espanhola numa quinta na zona da Azambuja. Este caso, documentado por foto do resultado (540 javalis e veados abatidos), levou o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas a suspender a licença de caça e a fazer queixa ao Ministério Público. Na Madeira é mais refinado, o "nosso" ICNF é que organiza a caçada e tem uma perspectiva sui-generis de "conservação da natureza" que deveria passar mais por gestão do que matar uns para ficar outros. Ainda por cima com espécies com valor. Espero que mais esta loucura, do cada vez maior número de incompetentes ao serviço do PSD-M, não lhes dê para imitar a "solução final", agora que estão junto do Chega, para neutralizar quem não vota por esta ditadura, que como todas ... tem segredos. O caso da Azambuja deu vexame mundial mas esta, perpetrada pelas próprias autoridades madeirenses, passa largamente impune pela população anestesiada.

Para quem tem a tradição da matança do porco na Festa e é povo superior, um literal tiro nos cornos é aceitável se praticado pelas autoridades, da mesma maneira que se sentam à mesa desrespeitando as suas próprias regras do Covid-19. Aguardamos por mais um cartaz de animais ao colo nas próximas eleições ou alguém a se insurgir contra as touradas. Há cabeças maquiavélicas para isso ... dois pesos, duas medidas, a mesma dualidade que divide o povo da Madeira entre escolhidos ricos, e patas rapadas pobres.

Andam por aí umas raparigas, num trabalho incansável e louvável de resgatar animais de estimação e outros vadios, sujeitos a maus tratos e, vai daí, o GR embarca snippers "oficiais" para se divertirem na Montaria das Desertas a matar cabras. Depois do acto, o fim dos cadáveres ninguém sabe, porque se foto houvesse, como na Montaria do continente, a pergunta seria se, este povo superior besta, é o mesmo que só apresenta a salvação do Lobo Marinho, que quando proliferava infernizavam pescadores roubando e afugentando peixe mas mereceu salvação, o que dizer das cabras que têm os seus tiques? Há falta de gestão, a eliminação é de um governo sem ideias que zela por medíocres que se conhecem rabos de palha uns dos outros.

Temos aqui cabeças de raciocínio tão maquiavélico, como o chorrilho de mentiras que contam na política do dia a dia para ficarem bem na fotografia, sem a "matança generalizada" de toda uma população para benefício dos "eleitos".

E onde andam os organismos defensores dos animais, em uníssono, a condenar esta solução!? Poucos manifestam-se na terra perfeita (é preciso ressalvar que existem). Quanto ao PAN, outro satélite do PSD escondido e a mentir como o CDS, esse vendeu-se por um emprego no GR. As causas têm preço e podem ser compradas.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2020 09:29
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