Redes sociais: virar o bico ao prego


C om o descalabro que descontrola dia após dia, as baratas andam atarantadas. Temos assistido a um Governo Regional impotente e incompetente, cada vez mais ocupado com a comunicação e não com a governação. Nunca se viram tantos cadernos acoplados às supostas notícias, que não se lêem pela sua natureza mas, que encaminham fortunas lícitas aos seus donos. É desejo do GR manter um clima favorável oferecendo a interpretação correcta a população, roubando-lhe lucidez porque sonega informação vital, essa que não chega a uma comunicação social tentacular que, tal como seguimos o dinheiro para conhecer a corrupção, basta averiguar dos interesses dos proprietários de rádios e jornais para sabermos o que nos obrigam a ler, ouvir e ver. Daqui nasce a força das redes sociais onde de tudo existe mas, ninguém é tão inocente para não perceber ao que vai. Como em tudo, temos boas e más redes sociais, não pelas plataformas mas pelos seus utilizadores. Os de boa fé e os de maus instintos, degladiam-se para tentar controlar a rede e, assim, constroem e roubam o debate dos meios tradicionais, cristalizados em dogmas, interesses, figurões e o politicamente correcto. A frustração que daqui nasce gera críticas às redes sociais:

1 – câmaras de eco, polarização e hiperpartidismo

De muitas formas, o design de certas plataformas sociais reflecte o crescente volume de conteúdos partidários nos canais tradicionais. À medida que se tornam o canal primário de distribuição, as redes sociais criam bolhas de informações e opiniões unilaterais, perpetuando visões tendenciosas e oportunidades decrescentes para discursos saudáveis.

2 – distribuição de informações falsas ou enganosas

Desinformação viral, muitas vezes rotulada como “fake news”, é difundida em todos os canais sociais, disseminada por actores estatais e privados. Essas informações falsas e distorcidas podem intensificar a divisão e tornar difícil para as pessoas confiar tanto no que lêem como sobre as pessoas e instituições sobre as quais estão a ler.

3 – conflito de popularidade e legitimidade

A ideia de que os gostos e retweets podem ser usados para medir a validade ou apoio da massa a um indivíduo, mensagem ou organização cria um sistema distorcido de avaliação de informações e fornece um falsa noção sobre a popularidade de determinados pontos de vista. Isso é agravado pelo quão desafiante pode ser distinguir as opiniões legitimamente expressas daquelas geradas por trolls e bots.

4 – manipulação política

Tais trolls e bots, disfarçados de cidadãos comuns, tornaram-se uma arma de eleição para governos e líderes políticos moldarem as conversas online. Governos da Turquia, China, Israel, Rússia e Reino Unido são conhecidos por terem contratado milhares de pessoas para gerirem múltiplas contas nas redes sociais  para mudar ou controlar a opinião pública ... e a Madeira?

5 – manipulação, micro-segmentação e mudança de comportamento

Anunciantes e os seus sofisticados mecanismos de segmentação impulsionam a economia da atenção. Nem todas essas mensagens têm o aspecto de anúncios ou são visíveis para qualquer pessoa fora do público-alvo, como foi o caso dos anúncios patrocinados pela Rússia no Facebook e comprados durante a anterior eleição nos EUA. Este modelo amplia o fosso entre editores e jornalistas e penaliza a receita e a sustentabilidade das organizações tradicionais de notícias, que carregam um grande poder.

6 – intolerância, exclusão e discurso de ódio

Várias políticas e funcionalidades destas plataformas podem amplificar o discurso de ódio, apelos terroristas, de assédio racial e sexual. Esses ambientes, podem dissuadir aqueles que são visados pelo discurso de ódio de se envolverem nas conversas online.

Apesar de tudo isto, quando a comunicação social descarrega a frustração sobre as redes sociais, deve se lembrar que falharam na arte de informar porque permitiram a interferência, o arrastar de asa, a dependência e a compra. Ficaram manietadas e o debate fugiu para um palco que só se compra com dedicação à causa. O formato das redes sociais permitem tudo mas, ainda assim são mais democráticas, porque ninguém é excluído ou compra, tens que te aplicar para ganhar. Nas redes sociais ainda há competição e os melhores dão cartas ... nem todo o dinheiro compra!

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020 03:46
Todos os elementos enviados pelo autor.