€ QUO VADIS €


Senhores Mestres e Engenheiros de Obras nas Ribeiras ! 


Supressão das zonas de alargamento da Ribeira


N ão será exagero e erro técnico, comparável à teimosa construção da Marina do Lugar de Baixo, esta intervenção na Ribeira Grande de Santo António? 

Já agora, e de tantas outras intervenções recentes nos leitos das nossas ribeiras. Os comportamentos Hidráulicos e Estruturais destas Muralhas, Taludes e Escarpas estão devidamente estudados, projetados e dimensionados? Onde e como se fundamentam? 

Muralha a segurar rocha? Betão +++

De tão monta que é toda a “Obra das Ribeiras do 20 de Fevereiro” é público algum estudo relevante e ao nível dos seus excecionais desafios técnicos? Se sim, quem o subscreve possui capacidade técnica, razão de ciência e idoneidade reconhecida inter pares que garanta o rigor do processo construtivo, detalhe técnico e otimização de recursos e custos?

Verifica-se que está a ser construída uma muralha na margem esquerda da Ribeira sem qualquer fundamento uma vez que o talude existente é rochoso.

Talude rochoso!

Foi realizado algum estudo geológico dos leitos e taludes das ribeiras? Ou só contam com o peso do betão ciclópico para a muralha ... “se aguentar”?

Entretanto e como sugestão para eventuais pontos de interpretação, análise e reflexão sobre as fotos que se publicam, deixo as seguintes observações.

Dramático estreitamento.

Este estrangulamento provoca o aumento das velocidades de escoamento dos caudais líquidos e sólidos da ribeira, deste modo também aumenta o poder de erosão do leito da ribeira, pondo em risco a estabilidade dos encontros da ponte e da muralha de suporte do arruamento do caminho da Ribeira Grande Santo António e pelo possível descalçamento dos alicerces da Ponte …

É para criar pressão para levar tudo à frente? Tipo explodir casas?

Qual a consideração técnica para o óbvio estrangulamento da Ribeira a montante da Ponte João Augusto de Sousa? (zona do campo do Andorinha) 

Em termos hidráulicos esta obra de canalização da Ribeira promove o aumento da velocidade do escoamento dos materiais sólidos, estes, pelas suas dinâmicas intrínsecas, serão arrastados de forma acelerada para a foz da ribeira o que provocará o seu, óbvio, entupimento.

Deve ou não, no percurso da ribeira entre a serra e o mar, existir alargamentos do leito que permitam a diminuição das velocidades de escoamento? 

Qual a importância de facilitar a retenção dos materiais sólidos garantindo a significativa e importante desaceleração das dinâmicas de gravidade e assim evitar o seu percurso até a foz?

Fundações da ponte.

Em causa fica a segurança de todos os residentes nas proximidades das margens da Ribeira e da Cidade do Funchal.

A Lei de Meios esta a render, a render e a render ... 

E ainda resta muito € para gastar!

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 4 de Novembro de 2020 17:05
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