Porque não repartir o fogo por todos os concelhos?

 

A Passagem de Ano na Madeira prevê postos a nível regional no Funchal e Porto Santo, outros locais é por conta das câmaras, se desejarem. Todos sabemos que 31 de Dezembro e primeiras horas de 1 de Janeiro é dos dias, com maior movimento viário na região e de concentração de pessoas na capital. Alguns "ratos", de véspera, combinam com colegas para deixar o carro bem posicionado para no dia seguinte. A animação é tremenda mas a razão é o fogo, ou seja, se eliminares as barracas e a animação não vai reduzir o número de pessoas no momento do fogo, até concentra pelas mesmas horas. Até na Via Rápida se pára em sítios estratégicos em cima da hora.

Depois é a debandada geral ou festas, o movimento de regresso é de novo intenso. Se neste quadro fechar tudo à 1 hora da manhã, está para ver nos hotéis dos amigos como será ... A densidade é tal que pensar em delimitar pessoas nesse dia e ter polícia para controlar é missão impossível. Sugerir que as pessoas fiquem em casa, se tiverem boa vista para o anfiteatro, é outra cena caricata, quem pode já o faz para não se meter na confusão, este ano não muda nada, dá-se o caso é de menos pessoas irem para casas privadas com boa vista ... se honrarem as directrizes e portanto, ficam apeadas de boa vista, somando mais elementos nas deslocações.

O investimento na despesa do fim do ano poderia ter sido evitada através da não aprovação pelo Tribunal de Contas, até porque retorno não vai haver, mas quis-se avançar. Basta ir olhando como o Covid-19 está agreste na Europa, com uma segunda vaga pior do que a primeira, para se calcular, com as semanas que faltam para encerrar o ano, como a situação ainda se manterá grave. Mais, a OMS já espera a terceira vaga após os primeiros 15 dias da Janeiro, para mim os cálculos são simples, as festas de Natal e passagem de ano logo ... terceira vaga.

Apesar da tentativa de mostrar organização com uma comunicação cuidada, respostas não houve para determinadas questões dos jornalistas porque implicavam abrir o flanco. Algumas das situações reporto neste meu texto. Você está entregue a si próprio, a estratégia é de orgulho em ser melhor do que o continente mas é irresponsável, quer honrar despesas com amigos (que naturalmente facturam) e não temos polícia em quantidade para esta dimensão de organização. Neste momento, creio que era melhor distribuir, pela primeira vez na história da passagem de ano, o fogo de artifício por todos os concelhos, num acto simbólico, permite uma lembrança e contem as deslocações. Mas aqui deve entrar a cabecinha do político reles com não quer nada com câmaras não laranja.

A dualidade de critérios na contenção da propagação do Covid-19 é gritante, parece uma gestão de excepções com base no forte com os fracos. Cabe a si ter juízo.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020 16:37
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