Os dias do fim

 

C omo hoje apeteceu-me criticar as amostras de jornalistas da terrinha ... duvido que o novo Conselho de Administração do Correio da Madeira vá deixar publicar este artigo. E como a brincar se dizem coisas sérias, desde que o Correio da Madeira foi alegadamente comprado por um grupo dissidente do Burkina Faso, que a vida não está fácil para os poucos "jornalistas" ressabiados que escrevem no Correio da Madeira.

Já todos nos apercebemos que o Governo Regional e os partidos políticos não controlam o CM, e disso resulta numa animosidade política constante de todo o lado. Por isso a primeira questão que os políticos colocam é se os anónimos que escrevem para o Correio da Madeira não deveriam assinar o que escrevem. Deviam, mas não era a mesma coisa!

Deixemo-nos que brincadeiras, pois todos sabemos que na democracia que se vive na Madeira, a primeira coisa que o Regime faria, além de assediar, era entupir os Tribunais com queixinhas e choradinhos de modo a ocupar, saturar e eventualmente condenar por delito de opinião os que ainda usam livremente as teclas para escrever o que lhes vai na consciência. 

Muitos jornalistas ainda não perceberam que o verdadeiro problema da imprensa é dos que escrevem o que os governos mandam e que isso retirou-lhes credibilidade, audiências e leitores. E o anúncio recente do despedimento coletivo de 81 colaboradores do grupo Global Media, donos do JN, Diário de Notícias e TSF só vem comprovar os tempos difíceis da imprensa livre neste mundo de interesses cruéis. A Global Media alega quebra de receitas com a COVID-19 mas, meus senhores, a quebra de receitas é uma desculpa de um problema antigo que já vem detrás. Na verdade os grandes culpados são próprios jornalistas que se acomodaram ao facilitismo de copiar e colar as notícias dos governos desinteressando com isso os leitores. 

E como exemplo, hoje abri o Jornal da Madeira e o Diário. 

No Jornal da Madeira demorei dois minutos e ia vomitando com as tentativas de lavagem cerebral. Mais calmo abri o Diário de Notícias onde também não demorei muito tempo, mas deu para passar os olhos nos cabeçalhos e até deu para ficar apreensivo com a preocupação do polícia Adelino Catanho com as fakes news, chorar com o artigo da Sara André e acabar nas confidências íntimas de Marta Caires. Honestamente, o Diário dos dias de hoje é um atentado à inteligência e faz-me lembrar o semanário SOL que, quando foi comprado pela Engª Isabel dos Santos, deixou de publicar notícias reais de Angola e porcarias sobre Portugal.

Mas o melhor de tudo é que alguns jornalistas complexados acusam os Internautas e consequentemente os Blogs como o CM de serem os grandes culpados da crise na Imprensa. É para rir?

E porque não deixam o comodismo e se chegam à frente e escrevem o que interessa ao leitor? Será porque isso seria ser jornalismo rasca ou ir contra os interesses obscuros dos acionistas que lhes pagam o ordenado? Deixem-se de mentiras! Só não vê quem é cego! 

Pode-se pensar e dizer o pior do Correio da Madeira mas se não fosse o CM isto estava uma pasmaceira. E a sorte da liberdade de imprensa na Madeira é que o regime democrático em que alegadamente vivemos ainda não encontrou a fórmula certa para fazer calar o CM. O CM provoca a abordagem sobre temas inconvenientes.

Depois da RTP-Madeira, do Jornal da Madeira, das Rádios e do Diário resta ao Governo Regional comprar o miserável CM. Quanto será que custa fazer calar o CM? Dois euros? Dez mil? Ou será que o CM se vende por um tacho?

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 1 de Novembro de 2020 11:25
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM.