Números de se fiar?

 

N ão sou mais um indivíduo de teorias da conspiração mas sou obrigado a ceder à tentação de acreditar que algo anda muito errado em tudo o que são números na região. Sobretudo no desemprego e hoje sobre o balanço comercial. Há mais mas não quero ser pessimista.

Há muita gente que dependente directa ou indirectamente do turismo e neste momento não temos cruzeiros activar excursões em massa, venda de frutas e hortículas, o agênciamento, enfim, malditos aqueles que rogavam pragas aos "poluidores" e sobre gente que não "interessava porque não deixavam dinheiro". Mas, catastrófico mesmo, é o estado da hotelaria e de muitos que decidiram abandonar empregos para se dedicar ao Alojamento Local. Só aqui é uma enormidade de gente mas estatisticamente, numa região ultraperiférica dependente do turismo em 26% do PIB, nada se nota. Os números recentes do pais indicam que o desemprego aumentou uns impressionantes 45% mas na Madeira, totalmente dependente do exterior para gerar receitas, nada disso se vê. Meus amigos, ou são todos empregados do GR ou aqui temos muito do que falar!

Mas hoje, o DN fala da balança comercial, e a mesma situação do desemprego se replica, onde estão as receitas? Onde está o poder de compra das pessoas? Qual a exportação que temos para manter essa balança comercial sendo o turismo o de maior contributo? Nem uma quebrazinha? Porque somos tão pobres para estender a mão à caridade do pais e da Europa mas depois paralelamente com contas "tão boas"? Porque estamos bem mas precisamos de aval do Estado?

O que me passa pela cabeça é o tipo de gente que temos no governo que esconde dados da Saúde; que não permite a vigilância dos deputados à governação a não ser por via judicial; os abusos ou incompetências a fazer contas eleitorais no seio do PSD; o tipo de postura ardilosa disseminada por toda a estrutura de poder com um chico-espertismo feroz que depois esconde a verdade e persegue quem indaga ou conta o que se passa. Para além disso, ninguém esquece as gestões camarárias do PSD, gastar até mais não poder, só não temos a experiência de uma alternância que possa esmiuçar a contabilidade mas, temos a tal monstruosa dívida de 6000 milhões que demonstra cabalmente que fomos e somos ROUBADOS. Tenho a sensação que viveremos novas surpresas negativas no futuro.

Perdoem-me mas afirmo, estamos a ser enganados, como nas promessas do ferry, como nas Douradas, como na Estrada das Ginjas, como na nova era da manutenção enão de obras, como em tudo, basta olhar à volta. Está-lhes no sangue e na natureza, muito orgulho e muita trapaça.


PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 10 de Novembro de 2020 12:56
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM.