Madeirenses partem para o Ano zero nas Universidades do Reino Unido

 

P ermitam-me ser sincera, vou ser breve e entenda quem quiser. A Madeira esvai-se do seu melhor e ficam os adictos deste sistema medíocre. A nossa educação, entendia enquanto formação, que era boa e está pior, morre a cada dia pela implementação das mesmas ideias que estão a dar cabo do ensino nalguns países, nomeadamente no Reino Unido. Não é problema endémico da Madeira, é do todo nacional.

Erro colossal, colocar o problema nos professores criando-lhes aversão quando muitos andam de trouxa às costas por diversas zonas do país tornando impossível a estabilização de uma vida. Ao professor impinge-se o sucesso de secretaria aos alunos, alcançado por estratégias de os premiar sem esforço. Se o aluno não tem aproveitamento, a culpa é do professor e estes, cada vez mais vadios e gozando de eternas oportunidades, conseguem ampliar as oportunidades para a sua vadiação. O cansaço está muitas vezes só do lado do professor por sucessivas tentativas. O professor é mal remunerado, mal visto, não merece vida, paga as insuficiências da escola pública e também da privada, trabalha depois do horário de serviço de borla, gasta bens pessoais e tem despesas adicionais em favor da escola, etc. Se isto não fosse verdade não se teria notado já que ninguém quer ir para professor.

A gestão da educação é feita para não melindrar os eleitores que são pais e que, perante esta protecção, surgem depois de tremendo esforço do professor, a indagar porque seu filho teve negativa, quando são negativas profundas porque com um sistema de mãos largas é preciso ser bem mauzinho... Nem se pode dizer que por vadiação e depois de invalidar todas as oportunidades. A verdade merece castigo. Depois, todos acham os seus filhos os melhores em cotação própria, nunca equiparam a outro e em competição. Todos querem o q.b. para meter a cunha pois mérito não conta para nada.

Não perdendo mais tempo, foi assim que o Reino Unido tornou as escolas insuportáveis, falta de aproveitamento e indisciplina. Aquele caso do condutor de autocarro, que se "passou" e travou por exaustão e desrespeito, não é culpa dele. É do sistema. Vamos pelo mesmo caminho, basta ver mais este Verão no Porto Santo. Porque é visível, falta conhecer a realidade das escolas na Madeira.

Numa fase mais avançada e na necessidade de alimentar as suas Universidades de renome no Reino Unido, é estratégia anual das Universidades ir ao estrangeiro buscar alunos que queiram trabalhar e se formar porque não é com a mediocridade criada no país que vão manter a sua fama.

É aqui que entra Portugal. Levado pelas mesmas historietas de estudiosos do ensino que são os piores veículos do seu desenvolvimento mas, ainda com boa fama pela percentagem de gente que estuda e são bons profissionais. Todos conhecem a prospecção das Universidades estrangeiras no nosso país, inclusivamente na Madeira. Surgiu há pouco tempo uma novidade, a disputa entre Universidades é tal que já se recruta no fim do 11º ano, para que o 12º seja feito em terras de sua majestade, como ano zero da Universidade, para cumprir e se ambientar. Significa que estão um ano antes das Universidades Portuguesas, é um atalho.

Significa que não vamos ter no futuro os melhores quadros ao serviço do país e neste caso da Madeira e que, quando consagrarmos os erros na educação até ao 12º ano e estivermos como a educação do Reino Unido, não teremos o dinheiro deles para também lhes copiar o artifício do sucesso. Em suma, perdemos massa cinzenta e o futuro será de medíocres sempre à volta dos governos. A nossa massa cinzenta será a ditadura do betão. Se querem futuro acertem o passo na educação e confiram respeito e autoridade ao professor.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 29 de Novembro de 2020 14:22
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