Covid-19: Madeira próxima da terceira fase mais grave.


Cabeçalho de artigo do DN de 16-11-2020

O Diário de Notícias informa hoje da confidência de alguns médicos na linha da frente do Covid-19, estamos perto da fase de mitigação da pandemia. Ao contrário do que possa parecer, a semântica é bem mais séria, a fase de mitigação do Covid-19 é a mais grave de contágio e a terceira fase mais grave do covid-19. É declarada quando há transmissão local, em ambiente fechado e/ou transmissão comunitária. A fase de mitigação reconhece que há cadeias de transmissão do vírus, ou seja, que está estabelecida na Madeira como pandemia activa.

Reconhecer uma fase de mitigação, significa que as medidas de contenção da doença não são suficientes e que a resposta deve ser focada na mitigação (atenuação) dos efeitos da covid-19 e na diminuição da propagação, por forma a minimizar a morbimortalidade (1), até que surja uma vacina ou novo tratamento eficaz. Esta indefinição pode durar muito tempo, é a última fase de resposta antes da fase de recuperação mas todos sabemos da situação mundial.

Contudo, é certo que a Madeira não está numa fase exuberante ou descontrolada de propagação do vírus mas, prevê-se uma aumento de casos e isso implica, normalmente, a preparação dos hospitais e centros de saúde para a Covid-19 sob uma norma que estabelece um modelo de abordagem às pessoa com suspeita de infecção ou com infecção, durante a despistagem, o encaminhamento e o tratamento dos casos. A resposta é focada na atenuação dos efeitos da doença e na diminuição da sua propagação, minimizando nomeadamente a mortalidade associada.

Se for seguida a estratégia nacional, nesta fase, os doentes ligeiros ficam em casa, os moderados vão os centros de saúde, os graves mas não críticos são encaminhados para os hospitais e os críticos são internados (UCI). Implica que os Centros de Saúde e Hospitais tenham ao seu dispor áreas dedicadas à doença Covid-19, por isso não é estranha a instalação de contentores no hospital Dr. Nélio Mendonça.

Com a entrada em vigor da fase de mitigação, os testes de despistagem à Covid-19 fazem-se as pessoas com suspeita de infecção: febre, tosse persistente ou tosse crónica agravada e dificuldade respiratória. Consoante os stocks, na ordem prioritária dos testes estão os doentes com critérios de internamento hospitalar; depois os recém-nascidos e as grávidas; em terceiro lugar, os profissionais de saúde com sintomas. Seguem-se os doentes com comorbidades (2) como asmáticos, insuficientes cardíacos, diabéticos, doentes hepáticos ou renais crónicos, pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica e doentes com cancro ou pessoas com imunidade mais frágil. Também estão previstas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como residentes em lares ou que estão em unidades de convalescença. Só depois são testadas as pessoas em contacto próximo com doentes Covid-19.

Aguardemos pelo evoluir da pandemia na Madeira e pelas decisões do GR.

(1) Relação entre o número de casos de enfermidade ou de morte e o número de habitantes em dado lugar e momento.
(2) Qualquer patologia independente e adicional a uma outra existente e em estudo num paciente

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 16 de Novembro de 2020
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