Bem vindos à Sodoma do Atlântico

 

Alessandro Bavari

O s simpatizantes do Chega encaram a política com ódio, basta ver uma série de revelações pelo Facebook com eleições que nem são nossas, nomeadamente os EUA. Já odeiam Biden, talvez por dizer que não há estados azuis ou vermelhos, há Estados Unidos, porque sem sangue quente nas veias, o discernimento no discurso traz a ponderação. Ficou esse exemplo de como para o Chega há inimigos e não opositores. É doentio mas também uma estratégia de exacerbar o discurso político onde se sente como peixe na água. Dizem que o Chega é fascista ou Nazi mas para mim começa a parecer o Estado Islâmico.

O Chega é anti-sistema, anti-esquemas, contra a corrupção, pelos valores mas, para trincar a língua e ser poder, carrega a Opinião Pública com o exemplo da geringonça nacional para justificar que pode se ligar a um partido do sistema. Que mal tem isso se o discurso é papel de música?

O PSD-M já tinha revelado os seus amores por fascistas e não se importa que as pessoas se revejam na linguagem do Chega para interpretar a sua revolta porque depois ... serão enganadas com uma coligação do Chega com o PSD-M, da mesma maneira que o CDS-M mentiu, e nós sabíamos, durante toda a campanha eleitoral das Regionais de 2019.

O PSD-M tem os seus satélites dos partidos pequenos em operações a seu favor. Algum notável cego contra seus inimigos de estimação (os mesmos do PSD) acabam por jogar também a seu favor. Está a desfazer o CDS em Ácido Tacho, quando acordarem, todos têm tacho e dependência do PSD e seu partido não vale nada na Madeira, porque todos viram em directo um bando de sôfregos que se estão, também a "cagar" para a ideologia e valores. Para o seu lugar virá o Chega que vai cativar toneladas de ódios da governação, da crise da pandemia e da pobreza, para se juntar ao obreiro!

O PS Madeira, aquela coisa que também não sabe onde se situa nem tem discurso ideológico e muito menos ideias, está embevecido com um Grupo Parlamentar que nunca teve e com os recursos financeiros que nele têm origem. Em vez de aproveitar para se organizar, acolhe todas as lapas sem interesse para fazer um arroz em memória do seu antigo líder. A dura realidade reside já nas saudades de partidos mais cascalhudos na Assembleia ou pelo menos elementos dignos de uma actividade de fiscalização e denúncia, missão de qualquer deputado.

A JPP trabalha mas, para quem? Faz um trabalho regional para ser votado pelos eleitores de Santa Cruz? O Grupo Parlamentar já reduziu nas últimas eleições e apesar do bom trabalho vai reduzir mais, assim que o eleitorado "ignorante" for acicatado por linguagens do tipo Chega. O problema é que os eleitos têm por missão construir algo, até mesmo na oposição, como construir uma alternativa credível e não só semear ódios e discórdia. E não só fiscalizar. Faltam passos à JPP.

Afinal os partidos são de posicionamento de petas e não de ideologia. Afinal o que conta é chegar ao poder a todo custo ou ao "el dorado" da Assembleia, usufrui-se e logo se vê. Há muita oposição que não se vê nunca no poder, quer mesmo o lugar aprazível sem responsabilidade da oposição. O Chega não e é por aí que farão caminho, são anti-tudo mas deixa cheirar a poder ...

Esta é a triste realidade dos eleitores da Madeira. Continuar em posição sodomizante com o sodomizador de 40 anos a manipular tudo. Basta abrir o JM de hoje para ver o artista do costume e a ânsia por Açores. Resta-nos o Divino meter ordem nisto, a ferro e fogo, porque até a Igreja só quer saber de uma zona de conforto que cuida de pobrezinhos em vez de evitar. Ou será que a falta do vil metal põe fim a isto primeiro?

A política e o poder alimenta Sodoma e Gomorra e já se vê o lume a propagar pela mão dos loucos. Resta-nos o entretenimento de ver quem será sodomizado.

Alessandro Bavari

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 9 de Novembro de 2020
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