A fragilidade da democracia

 

N o espaço de poucos dias li duas frases de dois dirigentes dos dois maiores partidos portugueses que revelam quão frágil a democracia pode ser. 

A primeira foi de Medina a apelar à ilegalização do Chega. Independentemente do que se ache do partido ou das suas ideias, em democracia não se ilegalizam partidos políticos, combatem-se. Ilegalizar, ou tentar ilegalizar, partidos políticos é uma estratégia de último recurso de quem assume ali a derrota da democracia. 

Depois veio um dirigente do PSD a apelar ao PS para “mudar a lei para impedir congresso do PCP”. 

Independentemente do contexto é uma frase aterradora: mudar uma lei com o propósito específico de impedir uma reunião de um partido adversário. Tem um bedum a outros tempos que nem uma epidemia de pessoas sem olfacto consegue esconder.

Ache-se o que se achar das ideias de cada um dos partidos, esta normalização do discurso de ilegalização de partidos ou de leis específicas para impedir reuniões de partidos começa a ser assustadora.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 22 de Novembro de 2020 18:41
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