Proposta para o congresso do PSD-M: as vantagens do anonimato

 

Bom dia a todos,

a cho de elementar bom senso que o PSD-M não reúna tanta gente num beija mão inútil, já sabemos todos o que se vai passar lá, a sua utilidade é igual às dezenas de escribas que fazem eco do poder e são queridos ou dos cadernos nos jornais.

Na minha opinião, o formato do Correio da Madeira era o que melhor resultado daria a um congresso dos social democratas. Em vez de uma paz podre e interesseira, em vez de marcar o ponto e sair na primeira oportunidade, de ser visto por uma questão de apoio tácito ou para exibir as curvas para um tacho, deveriam entregar as intervenções escritas à plataforma do CM para exibir num congresso aberto a todos, já que o líder está "democraticamente" eleito.

Imagino a quantidade de arrepios que houve em tantos que acabaram de ler isto. Porque está na "ronha", no ardiloso, secreto, omisso, jogos de bastidores aproveitando-se da ignorância ou das pessoas, o sucesso de muitos que contam com o silêncio perante tantas atrocidades, corrupção, perseguições e assédios laborais. Nada mais e nada menos do que aqueles que sob anonimato concretizam uma vida com sinais exteriores de riqueza ou de sucesso invalido obtido por becos, portas e travessas, como tantos concursos para quadros da função pública pré-destinados e que trazem a mais vil incompetência, paralelamente a vontade de muitos de se reformar quanto antes.

Se as intervenções fossem pelo Correio da Madeira, dizendo a verdade, o congresso do PSD-Madeira teria alguma utilidade. Para se darem conta que por cada anonimato doloso existe um anonimato sofrido e outro louco para retirar o poder à Renovação. O Correio da Madeira é o lado positivo do anonimato, única forma de enfrentar o monstro colocando na opinião pública a única verdade, a realidade.

Parece gozo que tantos que assentam o sucesso no secretismo e anonimato, que usufruem do controlo total da Madeira, considerem o denunciar em anonimato uma atitude menor, em relação ao benefício do seu interesse de controlar. Com o anonimato do CM fica uma grande incógnita, quem se deve perseguir e enxovalhar para exterminar os argumentos. O anonimato possibilita a discussão dos temas.

Há outro pormenor, quem escreve? Um lesado? Desde logo o coro diria um reassabiado, do RSI, etc. Meu superior hierárquico? O Presidente da República, meu vizinho, quem me vai aprovar uma promoção, o Presidente do Governo, cumpre-se o Levar a Carta a Garcia (*) numa incógnita de quem te avisa teu amigo é. Resolve os conteúdos em questão da melhor forma e livras-te com louvor da critica, porque dando a cara ninguém te reconhece o valor mas por dentro todos dizem "boa", bem encaixada. É que existe moral e ética mas só para os outros.

Mas imaginemos que actuar em anonimato é algo reles, digno de gente cobarde, maldosa, falsa, etc, esta noção das coisas transporta-nos para outras circunstâncias. O que dizer da Resistência na Segunda Grande Guerra? Teria gente desse calibre ou de grande coragem? Para cada problema, devemos adequar os meios.

Quando estás numa ditadura (suavizada por autoritarismo), de controlo total e autista, porque te metes na boca do lobo? A ditadura é leal contigo? Se o anonimato é tão hediondo o que dizer daqueles que podem praticar o vandalismo porque serão protegidos pelo poder ou de fugir aos Tribunais porque exigem imunidade? E roubar descaradamente por ter peões, por estar escondido numa S.A., porque usa o offshore, ai tanta incongruência.

Uma mensagem para os valentes do coro, os que têm o poder de ferir e se exibem na hora em que o teatro está composto e seguro mas que na hora da campanha e do voto, se escondem para ir de boleia numa nomeação. Para os cobardes situacionistas, com os trunfos e o controlo da ditadura na mão, deve ser mesmo muito chato ter o imprevisto do anonimato.

Façam o vosso congresso, escrevam para o CM, já estou a preparar o meu discurso. Podemos todos viabilizar em segurança um útil congresso ao PSD-M.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 22 de Outubro de 2020 09:32
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* Levar a Carta a Garcia

Se lendária, se verdadeira, a origem desta frase encontra-se ligada à guerra entre os Estados Unidos e a Espanha, nos finais do século passado, era presidente o norte-americano William Mckinley.

A administração despótica e corrupta de Espanha sobre a ilha de Cuba levou a anos de insurreição dos cubanos contra a potência colonizadora.

Em 1895, uma facção de revolucionários apoderou-se da capital de Cuba e de boa parte do território. A retaliação, por parte dos Espanhóis, foi violenta e caracterizada por enormes atrocidades.

Em 1898, um navio de guerra dos Estados Unidos, o Maine, fundeado em Havana, com a missão de proteger os interesses americanos, explodiu com 200 pessoas a bordo.

Foi o rastilho para a declaração de guerra dos Estados Unidos: «Somos anglo-saxões e devemos obedecer ao nosso sangue e ocupar novos mercados e, se necessário, novas terras».

A guerra foi rápida, 115 dias, apenas. A derrota de Espanha estabeleceu-se no Tratado de Paris, de 10 de Dezembro de 1898, e, por ele, as Filipinas e Porto Rico passaram para o domínio dos Estados Unidos.

Nesse período de guerra, ocorreu o episódio que originou a frase (divulgada por Elbert Hulbard, em 1899).

Mackinley precisou de entrar em contacto com um dos chefes da guerrilha cubana. Chamou um tal Rowan e passou-lhe uma carta, dizendo que ela deveria ser entregue, em Cuba, a Garcia, o comandante rebelde.

Pelo que se conta, Rowan, sem nada perguntar, meteu a missiva numa bolsa impermeável e partiu para Cuba. Percorreu montes e vales, selvas e praias, mas, quatro dias depois, entregou a carta a Garcia e regressou aos Estados Unidos para dar conta do sucesso ao seu presidente.

Cumpriu-se, eficazmente, uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer.