Bom dia ao Correio da Madeira e aos seus leitores.
S ou motorista de autocarros de turismo, 54 anos. Era um regalo para a vista e para a algibeira ali entre Março a Maio e de Outubro a Dezembro nesta ilha com os navios de cruzeiro. Uma boa fatia do mercado estava por conta deles. Que maravilha o movimento pela manhã para excursões. Esta industria é mais bem organizada do que a larga maioria das cidades, porque são de facto cidades no mar. Não há política, as pessoas têm que apresentar credenciais e trabalhar duro mas compensa. Quando comecei a ver a região a tratar esta gente "abaixo de cão", recusando totalmente as escalas, mesmo que vazios, percebi que a Madeira tinha metido o pé na argola. A arrogância foi muita pela cegueira do Covid-19, sem pensar que iam precisar desta gente para retomar esta área do turismo na Madeira que conta!.
Foi tremenda injustiça menorizar os rendimentos que esta indústria traz, ou trazia, à região quando quiseram fazer acreditar que a localização da lota deveria se manter num porto de recreio ou quando um empresário da hotelaria decidiu abrir um hotel dentro do porto, que se veio a revelar inviável apesar da notoriedade de um dos sócios.
Os navios eram poluidores, os passageiros eram uns tesos, este turismo não interessava à região. Agora estamos a ver os resultados, a APRAM mais uma vez precisa de capital, mais uma injecção de 4,5 milhões por conta de não facturar com navios. Pelo menos sabemos um valor agora e eles pagavam, não eram como o senhor Sousa.
Tudo está a ser devolvido com diplomacia, como um supositório de humildade. Hoje o JM diz tudo, também diz que um navio de elites contratou uma empresa para testes rápidos e cumprir com as suas horas de escala "ultrapassando" o Governo Regional com mais profissionalismo, a tal cidade melhor administrada, neste caso uma região. Mas também há outra, uma das companhias que mais zela pelo ambiente, com navios modernos, a gás natural e prontos a receber energia eléctrica em porto (coisa que a Madeira não tem) informou que vai ignorar o Destino de Ouro, a ilha mais segura do planeta, os arrogantes que os despacharam e nem sequer para acostar com o navio vazio se permitiram a entrada em porto.
Estão aí os custos da estupidez e de uma administração pura e simplesmente incompetente com um governo que vai nas conversas dos seus empresários de regime.
Eu motorista de autocarro de turismo vi tudo isto, o GR não? São muito arrogantes. E agora layoff? Vergonha de governantes, deviam levar um malhão na rua.
As Canárias estiveram piores do que nós na pandemia num país dos mais assolados da Europa mas foram inteligentes e acolheram todos os navios em porto que puderam, agora têm a recompensa, até porque têm várias ilhas para fazer um itinerário e ninguém precisa da Madeira para nada. Pedro Calado, Cabaço e Eduardo Jesus vão receber o ordenado por inteiro? E o Albuquerque da lota? Estes políticos deveriam ser sancionados para perceberem as asneiras que fazem na vida dos outros.
Os maiores do mundo foram ignorados.
Se houvesse ferry do Armas, íamos para as Canárias trabalhar,
com um Governo que sabe o que faz em vez de aturar idiotas com o rei na barriga.
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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 23 de Outubro de 2020
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