Chegar às massas e destruir a cabala informativa

 


Bom dia. Passei de seriamente desconfiado do Correio da Madeira a acérrimo defensor e agora até venho sugerir algumas situações, se me permitem.

T enho reparado que o CM tem audiências invejáveis, muito mais do que aparenta, esta observação resulta no facto de saber que muitos à minha volta lêem mas ninguém se manifesta, por exemplo, no Facebook. Significa que a diabolização da opinião livre está entranhada. É "crime". Quanto mais desafiadora ou polémica é a publicação mais é lida, existem até comunidades de Whatsapp e circuito de emails para divulgação mas, dizia, quanto mais desafiador menos as pessoas reagem. Parece um segredo em tempo de guerra ou ditadura. Há muito medo na nossa sociedade. Todos se agarram ao sustento que lhes permite viver e concedem livre passo à cleptocracia reinante, que se sente completamente livre de qualquer escrutínio e chega à impunidade total.

Quanto mais dependentes da política houver, maior será a reacção de assédio e intimidação, parece que existe um código de honra em que, poder e oposição, não tocam na matriz que lhes serve e que vai contra o eleitor. Parece que ninguém quer perceber que a democracia da Madeira está maniatada, o povo escravizado com baixos rendimentos, a sustentar lóbis com impostos, pagamentos de dívidas e sustento de muitos com o sobrecusto que não é de insularidade mas das máfias, através de adendas e luvas, subsídios, encarecimento, indemnizações, rendas, etc. Em troco, os serviços públicos não funcionam e o madeirense, quando disponível, tem que ir às máfias privadas instaladas, justo as que premeditadamente colocaram "serviçais" no poder que provocam o colapso dos serviços públicos. O colete de forças tem cada vez mais fivelas.

Mas, depois de dizer que o CM é muito lido, quero dizer o oposto, sem contudo entrar em contradição. Julgo que o CM começa a ser de uma elite que lê, está informada e gosta de ver o pensamento sincero dos outros. É muito difícil encontrar isso na actualidade, o CM é um oásis. Contudo, o CM tem que chegar às massas, as que não gostam de ler mas orgulhosamente julgam que sabem de tudo. São esses que o poder manipula a belprazer para ganhar, pela pequenez do cérebro, pela pobreza, ou porque estão amarrados curtos ou cegos com uma benesse que têm ou querem alcançar, a chamada "cenoura". O voto é secreto mas não chega. O humor que o CM usava é a chave, porque diz tremendas verdades em sátiras monumentais que fulminam, tem diminuído.

Se queremos mudar algo na Madeira, todos devemos nos unir. Da maneira como isto está visível, com cada vez mais propaganda e não governação, penso que em breve saberemos de grandes atrocidades da máfia cleptocrata. Nesse dia, esses estarão ricos e nós sem futuro em toda a esperança de vida.

A mensagem é: o Correio da Madeira têm que encontrar forma de chegar às massas que só vêem títulos e imagens mas, não se informam dos conteúdos porque foram acostumadas à vadiação e ao entretenimento informativo. Enche-lhes o ego para darem likes quando afinal estão a ser enganadas a dar likes em baboseiradas dos seus carrascos. O CM deve discernir publicamente o que é anúncio tapa-buracos de governação séria, matar o lixo informativo e "entreter" da maneira como gostam mas com o antídoto contra esta grande cabala informativa praticada pela comunicação social. Já não se pode aturar o que se vê.

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 6 de Outubro de 2020 10:11
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM

Leitor, registamos a sua opinião mas lembre-se de que o Correio da Madeira é uma plataforma de publicação de opiniões anónimas, não de produção. O máximo que podemos fazer é sugerir participações. Nota-se dois obstáculos, muitos atrapalham-se a escrever e a coordenar ideias (alguns mandam ideias não publicáveis), outros sentem-nos como um serviço de que usufruem e que lhes deve proporcionar, sem a sua participação, a abordagem nas áreas do seu interesse. Esquecem-se que são os mais capazes de escrever e denunciam-se. Parece com confiam anonimato para um conselho mas não para um texto. O objectivo é usar o conhecimento de todos para compor uma área de verdade pública, no interesse da Madeira. Também se observa o carácter individualista do madeirense, prefere pequenas capelas de contentamento do ego e da vaidade, em vez tornar robusto o que verdadeiramente é lido local e nacionalmente e ainda na diáspora, outra comunidade importante. Já conseguimos muito e a sua opinião é importante mas a solução parte do madeirense, se quer ou não quer. Ninguém vira ajudar ou fazer por ele. Esta é a questão. O madeirense é ilhéu, a quem é sonegada comparação para perceber que não é o maior do mundo.

A mensagem é, se o madeirense não se quer emancipar deixemos estar como gosta, depois "o corpo é que paga". O CM é credível mas o madeirense quer ser servido, não de participar. A bem com Deus e com o Diabo.

Agradecemos o facto de ter escrito.