Vamos enviar alguns convites

 


O Correio da Madeira vai a caminho do seu 4º ano de existência e surgiu da necessidade de garantir liberdade de expressão à opinião pública para gerar cidadania participada, dinâmica e eficiente. Não consideramos o anonimato uma cobardia mas, uma forma de permitir uma leitura pelo conteúdo sem preconceito ou vontade de contrariar um adversário. É a forma prática de reter uma opinião ou sugestão válida, uma oportunidade a que cada um baixe a guarda da arrogância, do estatuto e da não vontade de dar o braço a torcer por erro cometido e se corrija. 

Queremos contribuir para acabar com o ambiente que visa condicionar cada vez mais através de necessidades básicas de sobrevivência, de saúde e emprego. A política está para além da garantia básica dos Direitos Humanos. Estes não devem ser politizados mas acarinhados por todos. Não o temos visto.

É dos silêncios profissionais em ambientes contagiados pela política; no agradecimento por uma benesse em condições estranhas; na amizade que se estende à cobertura do incorrecto; no sentido de gangue; no arrastar simpático da asa para condicionar a opinião, entre outras, que nasce a permissividade e a passividade. Este tempo esgotou, já há muito deveria ter esgotado mas só agora, com a pandemia e a crise aguda, teremos oportunidade de mudar. A opinião pública tem que colaborar e o povo tem que sair da caixa.

Quando extensas áreas da informação estão empregadas ou condicionadas pelo atrás descrito, a Opinião Pública deve renascer, livre e directa. Quando a sua condição não lhe permitir, escreva anonimamente no Correio da Madeira, é o antídoto para o silêncio que nos tem trazido ao desastre social e económico.

Somos observadores e se há algo em que acreditamos, enquanto plataforma de opiniões, é com os corajosos de firme opinião, por vezes a roçar a loucura mas, sempre com capacidade critica e de usar o humor (nos tempos mais difíceis), que se provocam as mudanças. Dos que se acomodam, têm sempre medo, justificam a defender o infractor como garantia da sua passividade, não contamos. Há pobres materiais mas também de espírito e, cabe aos outros mais atentos, criar a onda que envolva todos para um patamar de desenvolvimento integral. Devemos lutar por uma classe média extensa e forte, respeitada. Acabar com a instrumentalização da democracia comprando gente, políticos e partidos. Infiltrando-os para exterminar as fontes do contraditório. Devemos colocar as instituições em xeque para que mexam e não se deixem cúmplices.

Garantindo sempre a nossa principal razão de existir, o testemunho dos cidadãos que o queiram praticar sem risco, vamos enviar alguns convites para a escrita no Correio da Madeira, a elementos da sociedade civil que, durante a nossa existência, se mostraram coerentes, desprovidos do catavento dos interesses e têm capacidade crítica independentemente.

O Correio da Madeira é anónimo para obrigar, as pessoas que o lêem, a interpretar os escritos e não a perseguir pessoas, algo vulgar na Madeira pelo grau de politização de tudo e pelo estado de dependência a que muitos chegaram com ela.

Quando se sabe que tanta gente está desempregada e não conta porque desistiu de ter esperança, tivemos a notícia de que 71% dos desempregados não tem qualquer subsídio. A pobreza é galopante quando temos uma dívida monstruosa para pagar e que continua a crescer e o modelo não muda.

Por último, se escrever para si é obstáculo, tem uma missão ainda mais importante, divulgue-nos por email, chats privados, em contactos pessoais, instrua as pessoas a participar num site da sociedade civil, das forças vivas, do povo, da opinião e da liberdade. Lembre-se, no Correio da Madeira não fazemos notícias, queremos a opinião das pessoas sobre os assuntos.

Só fazemos convites um vez por pessoa. Avalie a sua resposta.