Penteada Valley

 

Foto de Rui Marote/ Funchal Notícias, retirada deste URL LINK

A ntes do Brava Valley, de uma só empresa do regime, protegida, financiada, a boleia das comitivas do GR em viagens ao estrangeiro e como a única merecedora de atenção no mundo empresarial, houve o "Penteada Valley", muito mais estruturada com Universidade, Pólo Científico e Tecnológico, Centro de feiras e exposições. No início havia gente competente e a coisa estava a se compor, liderados por um visionário que outros tantos acham louco, o Pedro Ventura. Depois encheu-se de tachsitas, parasitaram, levaram vencimentos milionários e regalias absurdas, foram mais incubadoras de si mesmo do que de empresas. O produto de sucesso Dantas é um exemplo.

Acontece que a natureza da Madeira é feita de pedra, de cimento, de alcatrão, de obras, de vinho seco e espetada, de senis e política, não de ciência. Para se constituir um centro tecnológico e de ciência é preciso dotar dos meios, manter, ganhar a confiança de ser uma aposta séria e ter dinheiro para a investigação. De momento, orbitam aqueles que importam tecnologia e aproveitam a função para ter empresas e fazer comércio. Estão ricos porque controlam todo circuito.

Enquanto área de todos estes elementos chamados de forma generalista como Madeira Tecnopólo, o Governo Regional de Jardim, incapaz de perceber que o tachismo não era para ali chamado e ainda o custo e a manutenção do que construiu, onde só as feiras tinham dado passos importantes, o governo virou-se para o imobiliário, ou seja, construir edifícios no vale e vender ou arrendar espaços para serviços. Contudo, a Madeira tem sempre mais jogo para levar à construção do que a explorar, depois tudo morreu, sem contudo a Autonomia viver uma semana noticiosa com os Árabes a investir no vale em vésperas de eleições. Tudo esfumou e morreu, desapareceram edifícios futuristas e um teleférico ao estilo Expo 98.

O espaço foi vendo os anos a passar, a mata a crescer, o edifício a se degradar, os espaços com paredes que parecem de bairro onde a polícia não entra. Após longa agonia, com a ACIF deu-se a estocada final nos eventos, mudando-se para os vãos de escada do campo que dizem ser do Marítimo (para mim continua a ser do povo e da banca com salvo conduto do GR), os pavilhões só se enchiam à borla para o criminoso, o PSD, montar sem custos as suas Festas de Natal.

Neste momento, o elefante branco de Jardim e Cunha está no fim de ciclo. O Madeira Tecnopólo é centro de distribuição de correio e passará a ser estação rodoviária da SAM. A pergunta fica, tão longe do Funchal? Lembram-se da experiência dos Viveiros e do Park & Ride? Já agora, porque não aproveitar toda a zona com oficinas de automóveis e criar o Parque Industrial mais central da Madeira com pintura, bate-chapa, oficinas, mudanças de óleo, etc? Trazer o investimento à realidade dos tremoços e vinho seco. Sempre faria o actual líder da Madeira Parques Empresariais ir ao trabalho! Mas, a melhor ideia, que dá certo de caras, é tornar o Madeira Tecnopólo num estaleiro da AFA dentro da cidade, fica escondido e o povo aceita.

Com tachistas tudo morre.


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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 23 de Setembro de 2020 15:03
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