O impressionante currículo do Subsídio Social de Mobilidade do Eduardo Jesus

 


O estado das agências de viagem é calamitoso (fechadas, nos mínimos) e infelizmente, num momento mau, o que muitos espertalhões fazem rebenta para todos. Convenhamos que o trabalho das agências está um pouco condenado pelo online directo com os fornecedores de serviços mas, ainda assim tem o seu lugar quando queremos ter uma garantia de estar no estrangeiro ou mesmo no país e, se nos acontecer alguma coisa, podermos saber que alguém resolve e não estarmos nós a gastar fortunas em telemóvel, muitas vezes em esperas estúpidas com call center subdimensionados para o negócio, que se aproveitam para ganhar dinheiro com a sua insuficiência através de linhas de valor acrescentado.

O problema é que perante esta perspectiva de ganhos reduzidos, mais uma vez o subsídio social de mobilidade permite abusos, com algumas agências a somar autenticamente tudo o que podem (remanescente) ao valor da passagem por conta do estado. Com um valor fixo (parte do passageiro) e não o total da passagem a ser pago pelo passageiro à cabeça, mais essa tendência se iria incrementar, é por isso que o Governo Central faz esta "partida". Não é mais do que uma reacção a um abuso e o Governo Regional tem que estar calado porque é o autor da concepção de um subsídio social de mobilidade, vendido como melhor do que os Açores e Canárias, e que foi um autêntico fiasco a permitir todo tipo de abusos de Companhias Aéreas, Agências, CTT e passageiros. Chegaram à estupidez de desconfiar do passageiro que usava cartão de crédito para inviabilizar ainda mais o "social de mobilidade", convertendo a natureza do projecto para um "concebido para ricos".

Depois deste descaramento do "social" temos outro, é imperdoável o que recai sobre os estudantes com o projecto "Estudante Insular". Está sempre a pagar o justo pelo pecador, o passageiro honesto, a agência profissional e o estudante madeirense.

O que o Governo da República fez foi colocar o passageiro a fiscalizar os abusos das agências de viagens em vez de se deixar como um cúmplice passivo, permite-lhes ganhar 30€ por reserva, suportado pelo estado, mas mais do que isso o passageiro paga.

O modelo foi mal concebido e como quem paga é Lisboa agora dão instruções directas aos CTT ignorando a Secretaria do Turismo. Estamos a perder Autonomia todos os dias.


Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 11 de Setembro de 2020 15:58
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