Hoje, às 16 horas, há protesto silencioso em favor da Laurissilva

 


Protesto Silencioso

Hoje, 15 de Setembro, 16:00 horas.
Em frente Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Av. Arriaga, 21 - Edifício Golden Gate
9004-528 Funchal

H oje é dia de perceber em protesto silencioso e sem ondas quem, apesar de todos os seus condicionalismos, usa a sua liberdade de expressão para dizer que está errado pavimentar a Estrada das Ginjas. Hoje, é o dia a partir do qual muitos que cavalgam em tachos à conta da Laurissilva terão que se decidir se estão com o GR ou com a Laurissilva. A partir de hoje, cada um tira as suas ilações.

O que importa ... a Laurissilva ...

Vem do Período Terciário, esta floresta húmida com características subtropicais que cobre mais de 15 mil hectares da ilha da Madeira. A Laurissilva madeirense é uma densa e rara mancha verde, reconhecida como Património da Humanidade em 1999.

Antiga como os tempos, Laurissilva é nome de floresta mágica, com árvores gigantes e animais que não se encontram em nenhuma outra parte do mundo. Um monumento vivo, de um verde intenso e extenso que assim se conserva durante todo o ano.

Formada a partir de duas palavras do latim, “laurus” e “silva”, Laurissilva quer dizer “”floresta de loureiro”. E nesta paisagem encontramos loureiros e mais árvores da família das Lauráceas como o Til, o Vinhático e o Barbusano, mas também espécies endémicas como o  Mocano, o Pau Branco e o Folhado. O  Pombo Trocaz e a Freira da Madeira são aves exclusivas deste ecossistema único.

Há 20 milhões de anos, a Laurissilva ocupava vastas extensões do sul da Europa e da bacia do Mediterrâneo. Com as glaciações, estas primitivas manchas verdes foram desaparecendo do continente europeu. Sobrevive um último reduto na região da Macaronésia, que engloba os arquipélagos atlânticos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.

A maior e a mais bem conservada Laurissilva fica na portuguesa ilha da Madeira. São 15 mil hectares com  mais de 11 milhões de árvores que em 92 passaram a Reserva Biogenética pelo Conselho Europeu e que, sete anos depois, foi classificada pela UNESCO como património da Humanidade. A investigadora  Susana Fontinha, do Centro de Estudos da Macaronésia, conduz-nos numa viagem pela floresta indígena”produtora de água” e “fonte de remédios caseiros”


Terça-feira, 15 de Setembro de 2020 00:12
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