Camacha: o passado para compreender o presente (#3 de 3)

 

A terceira e última parte (de 3) de um trabalho que descreve a Camacha. Se não leu a primeira e segunda parte clique.

A tendendo ao número de grupos/associações que preservam a nossa etnografia, os nossos usos e costumes, a NOSSA IDENTIDADE CULTURAL, os mecanismos de apoio devem ser repensados e melhorados, acima de tudo pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura, em sinergia com as Autarquias Locais.

Ao longo da História, a Camacha influenciou a calendarização das festividades na nossa Região. Destaco, para quem não possui este conhecimento, que foi na Camacha que se originou as bases para a realização do Cortejo Alegórico da Festa da Flor, bem como o Cortejo Trapalhão nas ruas do Funchal. Pelo meio outras excelentes ideias nasceram na Camacha, mas por motivos que se desconhece (ou não!) foram parar a outras localidades, nomeadamente o Parque Temático da Madeira (construído em Santana), o Festival “48 horas a bailar” (realizado em Santana), a construção do Fórum em Machico, entre outros.

A Camacha parou no tempo… não agora… parou no momento em que quem tinha os recursos (principalmente os financeiros) e poder político para adotar uma visão estratégica de desenvolvimento para a nossa Freguesia, NADA FEZ! Ao longo destes anos verificamos o enorme desenvolvimento de outras centralidades da nossa ilha. Nos tempos áureos de uma governação de maioria absoluta, onde o dinheiro e os fundos comunitários abundavam, em momento algum tiveram o discernimento de olhar pela nossa Freguesia. 

Os tempos evoluem, mas será que as pessoas também?! O Camacheiro defende a sua terra com unhas e dentes. O seu partido é a CAMACHA e um dos seus principais interesses é ver reconhecida a importância que a sua Freguesia tem no espólio Regional. Acredito que depois do adequado investimento público que tem que ser feito na Freguesia, tornando-se posteriormente numa centralidade atrativa para o investimento privado.

Acredito que todos os camacheiros juntos, despidos de interesses pessoais, comerciais, institucionais e políticos, pela nossa terra, pela NOSSA CAMACHA, conseguiremos elevá-la ao reconhecimento e desenvolvimento que merece, reivindicando uma simbiose profícua, equilibrada financeiramente e estratega entre o GRM, CMSC, JFC e as instituições existentes na freguesia.

Pela Camacha, SEMPRE!

PS: Muitos mais assuntos poderiam ser abordados para conhecimento geral da população. Mas isso ficará para outra oportunidade.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 10 de Setembro de 2020 22:37
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